Find us on Google+

Widgets



Numa galáxia muito próxima, nos anos 80, continuava a vontade de ordenhar o filão da Guerra das Estrelas, ou pelo menos de aventuras espaciais. Este "Spacehunter: Adventures in the Forbidden Zone" foi mais um a tentar a sorte, com resultados mistos.
O plot é simples, uma nave é destruida por um incidente astronómico, e três mulheres aterram no planeta mais próximo. Imediatamente encontram estranhos nativos sobreviventes da epidemia que devastou a colónia de humanos. Tudo foi para o raio que o parta e o planeta está cheio de rejeitados do Mad Max, mais algumas criaturas bizarras que incluem uma espécie de anões que cantam em coro e atiram cocktails Molotov, vampiros obesos nús a descer os tubos do Aquaparque, mini-dragões... 
Han Solo e Lando Calrissian vão competir para encontrar as míudas e devolvê-las para receber a recompensa. Vão ser ajudados pelo Jar Jar Binks, que depois de um banho forçado numa poça imunda se transforma na futura namoradinha dos anos 80: Molly Ringwald pré-"Sixteen Candles" e "Breakfast Club". Quer dizer, acho que foi mais ou menos isto, já era tarde quando comecei a ver a fita. Obviamente, o overlord do planeta é o Overdog (Michael Ironside), um gajo muito mau, que está sempre a mandar fazer experiências genéticas e químicas nos sobreviventes, quando não está ocupado com atirar pessoas para labirintos mortais. Aliás, é das sequências que conseguiu melhor alguma tensão, quando a Molly, perdão, Niki tenta sobreviver no labirinto cheio de armadilhas. Imagino as lágrimas que o Michael Ironside verteu no interior da sua máscara de latex, enquanto gesticulava e exclamava "Ha" de dentro da fatiota que parece o resultado de uma noite de sexo do Barão Harkonnen com um Go-Bot. Ele depois limpou as lágrimas com o cheque. Melhor momento dramático do filme: o Overdog é apresentado ás novas cativas, e ordena a um dos capangas: "Despe-a!" para surpreender todos quando segundos depois acrescenta, vigorosamente: "Devagar...". Um Óscar retro-activo para o modo pervertido mas sensível como um homem envolto em latex e maquinaria com braços de robot industrial conseguiu actuar assim. A espécie de Han Solo, Wolff (tipo, "lobo solitário", cappice?) foi interpretado por Peter Strauss, que levei o filme todo a pensar que era uma cara conhecida, mas não me recordava de onde. Continuo na mesma. O seu mercenário rival e mas amigo da malta foi desempenhado pelo Caça-Fantasma que ninguém se lembra o nome (racistas!), Ernie Hudson.

"Spacehunter: Adventures in the Forbidden Zone" é de 1983 e estreou como "Caçadores no Espaço" em Portugal (16 Março de 1984), enquanto no Brasil se manteve o subtítulo: "Caçador do Espaço: Aventura na Zona Proibida". Foi realizado por Lamont Johnson e produzido por Ivan Reitman (o realizador dos "Caça-Fantasmas"). Boa banda sonora de Elmer Bernstein ("Os 10 Mandamentos", "Os 7 Magníficos"). O filme foi originalmente exibido com algumas sequências naquela tecnologia do futuro, o 3-D!
Fiquei com vontade de ver o filme quando há uns anos encontrei o poster num anúncio nos arquivos do extinto jornal "Diário de Lisboa". E até no ano anterior á estreia em Portugal, o suplemento "Sábado" do Diário de Lisboa dedicou uma página ao filme, com base na expectativa pelo regresso dos filmes em 3-D, o "renascer da Fénix" nos anos 80.
 Como ainda faltava para a estreia portuguesa, é usado a semi-tradução literal do filme como "Spacehunter: Aventuras na Zona Proibida".


Em suma, não envelheceu graciosamnete, mas para o que é, vê-se bem.


Categorias: , ,

Deixe o seu comentário:

Partilhe os seus comentários connosco!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...