CINE 31

O primeiro episódio de Jessica Jones - se excluíssemos os poderes da heróina e vilão da história - poderia passar por um grande product placement patrocinado pela indústria de bebidas, que é o tradicional modo hollywoodesco de dizer ao espectador "esta é uma pessoa com graves problemas e portanto tem que vazar os barris de todas as destilarias de Nova Iorque". E ainda sobre este aspecto, não deixa de ser irónico - e humano - que precisamente a entrega a substâncias para perder o controlo seja catalizado pelo terror de perder o controlo. E não estou a falar de perder o controlo "enfrascar-se e acordar no dormitório do quartel de bombeiros"* não senhor. Mas sim do aterrorizante controlo mental por um individuo que permanece nas sombras e nos pesadelos de Jessica, um verdadeiro violador da mente alheia, com uma habilidade para mandar a sua vítima fazer absolutamente tudo o que ele desejar e ordenar. E o episódio arranca quase no final quando a detective privada Jessica se apercebe que o seu atormentador afinal está vivo e de volta à sua vida. E a tragédia começa...

Esperava algo mais interessante do Luke Cage, veremos se evolui do tradicional "dono do bar que embebeda clientes solitárias para as sodomizar no apartamento ao lado do bar". Ou pelo menos que o metam no fato clássico com camisa amarela, tiara, braceletes e corrente. Quem sabe, num especial de Halloween? Espera...correntes, braceletes...oh oh ... já estou a ver que isto vai acabar no "Marvel's 50 Shades of Grey"...

*SPOILER: Não aconteceu. Pelo menos no episódio 1.

Vou tentar ir actualizando, à medida que for vendo os episódios. Ou não...