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O luxuriante visual é mais aparentado com os padrões orientais do que os que habitualmente identificamos como tipicamente gregos, ou seja, mais dentro da imagem de marca dos anteriores trabalhos do realizador Tarzem Singh (The Cell, The Fall). Todos os planos estão construídos ao milímetro, extremamente apelativos ao olho. Os clássicos livros de mitologia foram pela janela fora, e a história de Teseu é reinventada. Eu sempre gostei da mitologia grega, das aventuras de heróis como Ulisses, Hércules, etc, mas sinceramente os detalhes já se foram. A idade não perdoa!

Independentemente de preciosismos, históricos ou mitológicos, o melhor do filme são as cenas protagonizadas pelos imortais do título, os deuses do Olimpo, que - surpresa - desta vez não são velhos enrolados em togas, mas sim belos jovens no pico do vigor físico, extremamente poderosos em batalha.

O ponto mais fraco do filme é o plot, mais que batido, mas nota-se o esforço para desenvolver minimamente as personagens, mesmo dentro dos padrões arquétipos que simbolizam: o jovem herói, a virgem, o conselheiro,  o mauzão, etc.


O protagonista Henry Cavill é Teseu, o lendário herói grego. O actor prova que está apto para o papel fisicamente exigente de Super-Homem no "Man of Steel" de Zack Snyder. Teseu tem uma vida simples numa pequena vila, na companhia da sua mãe e de um mentor idoso. A calma acaba quando a horda do rei Hyperion (Mickey Rourke) chega para lançar o caos e destruição, em busca do mítico Arco de Épiro, uma arma devastadora. Hyperion pretende usar o arco para libertar os Titãs, os vencidos da antiga guerra em que os deuses do Olimpo saíram vencedores. 

Depois de Hyperion matar a sua mãe e de o escravizar, Teseu conhece Fedra (Freida Pinto), a oráculo virgem e o colega escravo Stavros (Stephen Dorff), que o auxiliam na obtenção da vingança.  Entretanto, os deuses assistem de camarote ao desenrolar dos acontecimentos, proibidos por Zeus (Luke Evans) de intervir na vida dos humanos. Zeus, como bom líder, obviamente não segue as suas próprias regras. Descrente nos deuses, Teseu depressa se "converte" e luta por vingança e pelo feito de impedir Hyperion de desfigurar a civilização humana e imortal. Outra cara do elenco conhecida dos nerds é Isabel Lucas (a Decepticon pretender de "Transformers: Revenge of the Fallen"), como a deusa Atena.
Bem melhor que o recente "Clash of the Titans" [ler crítica], com temática semelhante, "Immortals" vale pela visão diferente dos deuses gregos, pelo apetitoso banquete visual e cinético do caos dos corpos e das batalhas, com muito suor e sangue CGI pelo meio. E acaba com um bom gancho para uma sequela!

A minha sócia já tinha falado sobre o filme: "Immortals" por Sofia.

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3 comentários até agora:.

  1. Também já o vi e partilho das mesmas observações que enumeraste. A primeira e a mais forte da minha parte é que também não tenho muito vivas as noções sobre Titãs, as complicações sobre os deuses com Hipérion e quanto ao Teseu, tinha a noção ser um semi-deus (dizer isto não é bem um spoiler mas curiosamente o filme faz por não implicar isso na demanda de Teseu).
    Gostei da intervenção de Poseidon, o deus dos mares, que foi de grande efeito.
    É um filme pensado para servir o entretenimento e nisso cumpre plenamente. O melhor é a ostentação visual e sonora, marca visível do estilo do realizador, que sabe tratar os planos com encenação bidimensional (como quadros)... facto que deve ter sido interessante em 3D.
    Não contava que o filme fosse tão fixe. (O mesmo digo do Cowboys and Aliens... preparei-me para um frete e foi altamente e é um filme que tem uma lógica própria. Gostei)

  2. Também foi coisa que estranhei, não o mostrarem como semideus, acredito que não o fizeram para o diferenciar do Clash of the Titans, agora não me recordo do nome da personagem principal :-P
    Chiça! O Cowboys and Aliens, tenho há montes de tempo no HD para ver, tenho-me esquecido! Mas antes ainda tenho que ver o novo Conan, Rise Planet Apes, Drive....e a lista continua!

  3. No Clash Of The Titans, era Perseus o semi-deus interpretado por Sam Worthington.

    Esses que ainda não vistes já os vi. O único que achei mais fraco foi o Conan (falta-lhe algo para ser memorável). Interessante, vê-se e nada de mais. É um filme.

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