Frankenstein (1910)

Frankenstein (1910), realizado por J. Searle Dawley, com as seguintes estrelas não creditadas: Augustus Phillips como o cientista obcecado Frankenstein; sua noiva Elisabeth, interpretada por Mary Fuller, e O Monstro com maquilhagem carregada e trapos, trazido à vida pelo ator Charles Ogle.

Esta foi a primeira vez que assisti à primeira adaptação cinematográfica de Frankenstein. Não sou especialista em filmes a preto e branco do início do século XX, mas este foi uma agradável surpresa. Os cenários são muito interessantes e acompanham a tradição teatral do cinema primordial; e também os atores são expressivos. 

Só posso imaginar a reação do público aos efeitos especiais – exuberantes na época – utilizados na criação do monstro sem nome de Frankenstein. 

A adaptação é muito livre e, pior ainda, foi fortemente autocensurada para não atrair a atenção dos religiosos mais influentes (não adiantou), cortando quase totalmente os elementos violentos e horror. Mas, no geral, esta é uma peça fascinante da história do cinema que contrasta com as mais modernas reinterpretações do romance gótico da autora Mary Shelley, "Frankenstein ou o Moderno Prometeu", reconhecido como um dos primeiros exemplos da literatura de ficção científica.