Find us on Google+

Widgets

 

Colocar o título da verdadeira protagonista da fita no subtítulo? Genial.
Sei que nos comics há constantes reboots e retcons mas a Harley Quinn como personagem para mim morreu numa história em que ela para agradar ao Joker envia para dezenas ou centenas de crianças brinquedos com bombas dentro. E que no final da história detona de modo totalmente blasé. Li algumas histórias posteriores no "novo universo" que entretanto já foi para os porcos também, mas perdi interesse rapidamente. Mas neste filme é possível ver que beberam bastante dessa fonte e conseguem torná-la um pouco mais interessante. E eu tinha esperança que as Aves de Rapina (do título!) tivessem alguma relação com as contra-partes desenhadas. Mas não foi esse o caminho percorrido... Logo depois de ver o filme escrevi no Letterboxd: "Um dos melhores filmes do DCEU", o que na realidade não quer dizer muito, mas comparado com o resto, este é até ao momento o mais inventivo e sem vergonha das suas origens na nona arte.
São provavelmente reflexos da tentativa de capitalizar no movimento #MeToo a diferença como foram abordadas duas cenas: tortura e assassinato não gráfico de uma adolescente; e uma mulher que é obrigada a se despir e humilhar em público. Adivinhem qual delas foi retratado de forma trágica como se fosse a Lista de Schindler. Gosto de humor negro, não concordo em colocar limites ao humor, mas: isso não quer dizer que eu aprecie todo o humor. Todo o gimmick do Deadpool de violência sem sentido e quebrar a 4ª-parede depressa me cansou, mas felizmente este "Birds Of Prey" tem mais para compensar, tanto a nível de criatividade, ritmo, personagens invulgares e um bom planeamento e edição da acção, que até consegue fugir ao cliché da batalha final carregada de CGI. E algumas reviews que li há semanas davam-me medo que a fita fosse apenas para agradar as tumblerinas que romantizam as doenças mentais e sonham com uma relação doentia do Joker com a Harley (tratem-se, meninxs). Nem isso, nem o oposto com lição de moral. Fica um híbrido auto-consciente com bastante energia, carregado pela actriz/produtora Margot Robbie. Dito isto, fiquei com pena que o Black Mask do Ewan MacGregor e a Huntress da Ramona (perdão, Mary Elizabeth Winstead) não tivessem mais alguns minutos de tempo de antena.

Categorias: , ,

Deixe o seu comentário:

Partilhe os seus comentários connosco!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...