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"Kingsman: The Golden Circle" é um bom bocado de diversão, salpicado com alguma boa ultraviolência. Obviamente não tem a frescura do primeiro, mas felizmente não foi estragado pelos trailers e ainda conseguiu retirar algumas surpresas da manga. A acção é frenética, mas felizmente dá para acompanhar o que se está a passar no ecrã, num meio termo entre a acção epilética estilo "Bourne" e "John Wick" que recuperou o prazer que poder apreciar a sinfonia de destruição, com planos mais longos e edição mais contida. SPOILERS para quem não viu, o plot centra-se no plano da carismática e louca Poppy Adams (Julianne Moore) para sair das sombras e se tornar a rockstar do tráfico de droga e pagar impostos. Primeiro destroi os Kingsman, a elite de agentes secretos britânica. E depois de infectar milhões de drogados com vírus nas drogas que vendia, faz um ultimato: para salvar a vida dos infectados, o presidente dos EUA acaba com a "guerra ás drogas" e dá-lhe imunidade. Mas, o presidente tem outros planos, e cabe ao trio sobrevivente dos Kingsman salvar o Mundo outra vez. No entanto, para o fazer precisam do auxílio e recursos dos Statesman, o equivalente norte-americano dos Kingsman. Apesar de gostar do personagem de Harry (Colin Firth) - o mentor de Eggsy (Taron Egerton) que no filme anterior foi dado como morto - acho que se perdeu tempo demais a fazer tentá-lo recuperar a memória, em detrimento dos agentes dos Statesman, que apesar de importantes para o avançar do plot não são desenvolvidos. E pelas promoções podiamos pensar que o agente Tequila (Channing Tatum) teria um papel bem mais importante, quando na realidade foi o agente Whisky (Pedro Pascal, sim o gajo do Game Of Thrones) que calçou essas botas. Infelizmente, desta vez não tivemos direito a um breve vislumbre do rabiosque da princesa Tilde (Hanna Alström), apesar de uma cena atrevida para colocar um tracker GPS numa suspeita...bem, é melhor verem...O Eggsy ainda teria muito a aprender do James Bond porque apesar de badass, continua a comportar-se como um puto em missões mais...sensíveis...
E se a Poppy se tivesse lembrado de exterminar os Stateman - de surpresa como fez aos Kingsman - o filme tinha acabado mais cedo!

Achei irónico que no final dos créditos esteja o disclaimer a jurar que não receberam dinheiro para ter personagens a fumar tabaco, mas não têm nenhum disclaimer a jurar que não receberam dinheiro das tabaqueiras para promover o "legalize it" que ia beneficiar as tabaqueiras que entrariam abertamente no negócio das drogas. Mas, product placement e propaganda aparte, é interessante a leve crítica à "guerra ás drogas" e á atitude dos orgãos governativos mais conservadores.
Em suma, bom entretenimento que não fere o cérebro, mas diverte.


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