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Para a grande maioria da população mundial, se lhes perguntarem, creio que irão responder que este é o primeiro filme do Homem-Morcego. Ora, já quase ninguém recorda os filmes serials dos anos 40, e alguns ainda recordam com um sorriso a colorida série (e filme) dos anos 60. Mas este reboot de 1989, pela invulgar  mão de Tim Burton (que antes tinha realizado as longas "A Grande Aventura de Pee Wee", e "Os Fantasmas Divertem-se") tornou a franquia - da Warner Bros. - num fenómeno global e o sinónimo do Homem-Morcego até à fatal overdose neon de Joel Schumacher e ressureição da saga pela mão de Christopher Nolan já em pleno século XXI. Gosto do filme, principalmente do look gótico de toda a produção. E claro, a excelente banda sonora. Mas a minha crítica ao filme fica para outra altura, hoje [um quarto de século depois da estreia norte-americana] quero apenas ver o que escreveu por altura da estreia de "Batman" em território nacional, com indicação de "Maiores de 12 anos", a 29 de Setembro de 1989.
E no dia seguinte, a estreia ganhou honras de capa no "Diário de Lisboa", com a ilustração retirada da mítica "A Piada Mortal" [ler aqui]! Clique sobre as fotos para as aumentar e ler melhor!
in "Diário de Lisboa" (1989/09/30)
O texto "Mais <<bat>> que <<mécahnt>>" de Michel Beaudeau fala sobre a evolução do personagem na BD e nos audiovisuais, e até menciona como consumado o filme dos "Watchmen" realizado por Terry Gilliam, que nunca aconteceu. E em "As noites vingadoras" Thierry Groensteen avalia o filme, destacando o carismático Joker de Jack Nicholson por oposição ao sem graça Batman interpretado por Michael Keaton. O resto, aconselho a lerem.
Curiosamente, seguia-se um texto - "Carta de Robin a Batman renegando o seu amor" -  que tenta mais uma variação do persistente mito da homosexualidade de Batman e Robin. O texto da autoria de Rui Eduardo Paes faz referência á morte de Robin, que aconteceu numa história recente (na altura) que influenciou durante anos todo o universo de banda desenhada da DC Comics. Na BD "Uma morte em família", o Joker assassina o segundo Robin, o problemático Jason Todd. Peculiarmente, a morte do personagem foi decidida pelos leitores das revistas. Segundo Rui Paes, o Robin não morreu, apenas fez as malas e foi embora...
in "Diário de Lisboa" (1989/09/30)
Na semana seguinte, Rodrigues da Silva tinha a dizer sobre a película o seguinte:
in "Diário de Lisboa" (1989/10/06)
"A estrutura dramática é cem por cento americana: trata-se da luta entre o bem e o mal (...)" "(...) mas a grande criação do filme é <<Joker>> (...) como uma espécie de anjo do mal que transgride todos os códigos morais."
Como "bónus", um anúncio de quando o filme chegou aos videoclubes em 1990:
O Trailer de "Batman" (1989):

Artigo publicado originalmente na Enciclopédia de Cromos: "Batman - A Estreia em Portugal (1989)".

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