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"Battleship" no original, é a adaptação do jogo conhecido entre nós como "Batalha Naval", mais concretamente da versão de tabuleiro lançada no final dos anos 60. Na "Batalha Naval", dois jogadores defrontam-se tentando adivinhar as coordenadas em que cada jogador escondeu os seus navios e submarinos na grelha de jogo. E em Hollywood alguém decidiu que era uma excelente ideia transformar o jogo da Hasbro num filme. Não é a primeira vez que um jogo de tabuleiro é adaptado ao cinema, mas aposto que o filme do Cluedo (O "Jogo do Crime", "Clue" no original), de 1985, não tinha tantas explosões. Além disso, material da Hasbro teve sucesso ao ser transposto para o cinema: Transformers, G.I. Joe.
Surpreendentemente, não é tão acéfalo como o trailer indiciava, e se conseguir conter o vómito durante os momentos mais patrióticos, até é um entretenimento bastante razoável.
Conta-se com os dedos de uma mão alguns momentos um pouco forçados, mas ...o filme é de invasões de ETs...acho que a suspension of belief já foi activada logo desde o inicio, com satélites a enviar "sinais" de comunicação para o espaço que parecem os kamehamehas do Son Gohu.
Para criar alguma relação ao jogo original, o momento de "jogar" à Batalha naval, combatendo o inimigo ás cegas, está bem esgalhado e lógico, pecando apenas pelo facto de não se perceber o motivo da tecnologia mega-avançada dos invasores não detectar um navio humano a poucas milhas.
O look dos extraterrestres é extremamente reminiscente dos "Transformers" de Michael Bay, apesar de pessoalmente achar que o look é mais adequado aos robots de Cybertron do que os dos Bayformers. E posso jurar que algumas das armas têm um som igual ao dos Decepticons. E sim, o compositor da banda sonora é o mesmo da franquia Transformers, Steve Jablonsky. Portanto, nada é por acaso.
As fatiotas dos aliens fazem lembrar "um pouco" as armaduras do jogo Halo. Este guerreiros do espaço têm obviamente tecnologia poderosa, mas não são retratados como bestas sanguinárias, pelo contrário, apenas atacam ameaças eminentes e não ferem militares ou civis desarmados.

Um sector de parabéns no filme é o dos efeitos especiais, porque tecnicamente o filme está muito bom. Dispensava alguns momentos em slow motion, mas o problema, como habitualmente neste tipo de blockbusters, são as personagens, diálogos e excesso de coincidências convenientes. O nosso "herói" Alex Hopper (Taylor Kitsch) é um idiota, que é enviado pelo irmão para a Marinha dos EUA (alguém mais tem na cabeça esta música?), para se tornar um homem. Passados sete anos,  continua a ser um idiota, mas namora uma louraça (Brooklyn Decker), filha do mestre Jedi Qui Gon Jin Almirante Terrance Shane ( Liam Neeson, totalmente desaproveitado, mas sempre bem). Um belo dia, respondendo ao sinal enviado para o espaço sete anos antes, os extraterrestres aparecem para dizer olá e rebentar umas coisas. E pronto, o pedido de casamento e o gigantesco exercício naval internacional ficam logo estragados. E também há umas pessoas que ficam em filas de trânsito e assim.
Mas dito isto, comparando com um filme de tema semelhante recente, "Battle: Los Angeles"  (2011), consegue ser bem mais competente, com uns bons momentos a recordar o "Armageddon" de Michael Bay, mas sem se tornar cansativo com o excesso de tiros e explosões de muitos do género. É uma sessão de cinema divertida!

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