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# Texto original aqui


Não gosto de musicais. Para não dizer que odeio musicais (deixo no entanto a referência - adoro a banda sonora de Moulin Rouge... mas BOLAS... não posso ser perfeita!) 
Fui ver Rock of Ages quase obrigada por um homem... Longe vão os tempos em que os machos tinham a obrigação hormonal de não gostar destas coisas com purpurinas e vozes de canas rachadas. Enfim... saudosos tempos em que homens usavam cuecas sem medos. 

De qualquer forma a minha paixão por Adam Shankman (pessoa que provavelmente só os fãs de So You Think You Can Dance conhecem) é grande. Conheço o seu sentido de humor, as suas coreografias e o seu trabalho estético e conheço grande parte do fabuloso elenco deste filme, facto que me fez aceitar o desafio cinematográfico. Shankman inspirou-se no musical com o mesmo nome - Rock of Ages, por sua vez inspirado num livro de Chris D'Arienzo e que está em cena na Broadway desde 2006. 

Cronologia -1987 
Local - Los Angeles
A história: 
Dois jovens cruzam histórias de vida e partilham o sonho de serem estrelas de rock - são eles Drew Boley (Diego Boneta) e Sherrie Christian (Julianne Hough). 
Cenário principal - The Bourbon Room - um ícone da cidade, símbolo da cultura rock, cujo dono é Dennis Dupree (Alec Baldwin), que enfrenta grandes problemas económicos e os ataques "sindicais" dos valores políticos, conservadores e religiosos de Patricia Whitmore (Catherine Zeta-Jones). Pelo meio um músico em degradação - Stacee Jaxx (Tom Cruise), o seu pouco correcto agente Paul Gill (Paul Giamatti) e Constance Sack (Malin Åkerman) - a jornalista da Rolling Stone (um ainda hoje - símbolo da cultura rock). Circulam ainda no enredo do filme: whisky, um macaco mal vestido e músicas que quase todos conhecem e que fazem parte do nosso imaginário de gente - sobretudo aquelas baladas rock, cujas letras são do mais piroso que existe, mas que todos sabemos de cor e salteado e nunca resistimos a cantar. Um destaque positivo - se bem a que acho deslocada da temática, e pondo de parte a ligação história entre Soul e Rock, porque isso ia dar uma tese de Mestrado - à fabulosa voz de Mary J. Blige










Rock of Ages é outro filme a constar na lista imensa de filmes que provam que grandes elencos não fazem grandes filmes. Shankman tinha tudo para fazer um filme razoável - a música, a época, os cenários, as pessoas. Mas falha. E falha porquê? - Falha a meu ver pelos diálogos musicais - sobretudo aqueles entre os dois jovens protagonistas. São pavorosos, dignos da Disney e para menores de 16 anos. Não chega ter duas caras bonitas e algum talento para a coisa funcionar. Para mim não existe química alguma entre os dois e tudo o que fazem soa a plástico.
Zeta-Jones insuportável e Lonny Barnett (Russell Brand) igual a si próprio - ou seja, estúpido, mas salvo pela excelente parceria com Alec Baldwin. 
Giamatti pouco aproveitado. 


E agora a pièce de résistance do filme - Tom Cruise é absolutamente extraordinário. Ele é a personificação daquilo que o filme queria retratar - a idade do Rock, o estilo, o modo e a cultura de vida rock - pura e dura.  Ele é um misto de Mick Jagger e Steven Tyler com um "quê" de Billy Idol Bret Michaels. E que actor fabuloso! Já o tínhamos visto num registo inesperado como Les Grossman em Tropic Thunder (Ben Stiller / 2008) e aqui volta a provar como é um dos melhores e mais flexíveis actores da sua geração e comprova como é desnecessário perder tempo a falar sobre o seu divórcio e a sua defesa no que à cientologia diz respeito. 

De qualquer forma, o filme é divertido, colorido, musical, e tenho a certeza que se gostasse de musicais  tinha gostado do filme na sua totalidade, mas não, não consigo. O filme para mim é Tom Cruise e pouco mais.
Entretanto aproveito para desabafar que começo a ficar MUITO cansada de macacadas nos filmes. 

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