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O realizador Alexander Payne o mesmo de Sideways e About Schmidt já nos habituou a colocar na tela assuntos / histórias que abordam temas aparentemente banais. No entanto na banalidade dos temas, consegue dos actores que escolhe como protagonistas interpretações incríveis, tornando na verdade os enredos tudo, menos banais.



A história é basicamente a seguinte: um casal - o homem mergulhado no trabalho e com pouco tempo para se relacionar com as filhas e para "alimentar" o casamento. A mulher adultera está em coma. As filhas  são rebeldes e com graves problemas no que diz respeito à autoridade. 
O que é que há de novo aqui? Nada. já vimos esta história vezes sem conta - no cinema, na televisão, em literatura e até na casa dos vizinhos do lado. Então o que é que torna este filme tão aclamado pela crítica, considerado por muitos um dos dos "melhores de 2011" e - agora já sabemos - nomeado para cinco Óscars nas categorias de Melhor Filme, Melhor Actor Principal, Melhor Realizador, Melhor Montagem e Melhor Argumento Adaptado





Porque toda a simplicidade e banalidade da história em causa é espelhada na interpretação incrível de George Clooney. O actor usa e abusa da sua fisicalidade e até mesmo da sua aparente ausência de expressão facial - com ela mostra-nos sentimentos, estados de espírito e sobretudo o ridículo humano de que todos padecemos. O filme tira-nos um sorriso nervoso no meio de uma situação depressiva ou dramática e faz-nos ficar pensativos no meio de uma cena em que devíamos rir.

Se Clooney é deslumbrante como Matt King, as duas novatas Shailene Woodley (como Alexandra King) e Amara Miller (como Scottie King) dão um toque de graça e complementam de forma correcta e eficaz a soberba interpretação do protagonista. 
É a aura simplista do filme que cativa a atenção do espectador. É um filme sobre relações, traição, amor, ódio, perdão, descoberta, respeito e justiça. Também é possível pensar também no filme como uma lição de vida sobre a morte - aquela que todos esperamos um dia, mas para a qual dificilmente estamos preparados para a receber e aceitar. O toque de génio do filme é que é para ser visto com um sorriso na cara, mas ao mesmo tempo com uma lágrima inevitável e fácil.


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