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Este é um daqueles exemplos de filme que tinha tudo para dar certo, mas, a meio, algo se perde. 
A premissa é perfeita - amor disfarçado de amizade, ou amizade disfarçada de amor. Anne Hathaway e Jim Sturgess são Emma Morley e Dexter Mayhew - meros conhecidos na universidade que constroem uma amizade pouco convencional e sempre ofuscada por um episódio em que algo estava para acontecer mas não aconteceu. 





Ao longo do filme assistimos aos altos e baixos desta relação "de amizade". Às relações amorosas (paralelas) de Emma e Dexter, aos seus episódios profissionais e o passar do tempo é bem delimitado através de um calendário - indicações cronológicas, com diferenciações de bandas-sonoras - que condizem com o ano, bem como as roupas das personagens e alguns cenários. 
É precisamente neste "factor saltimbanco" que o filme perde um pouco o encanto. Tudo fica muito superficial, sendo sempre de antever que os dois estavam destinados a ficar juntos, mas que de certeza algo iria correr mal, muito mal. O que de facto acontece e aqui toca na banalidade romântica. 





Curiosamente Jim Sturgess ultrapassa a talentosa Anne Hathaway - que dota a sua personagem de um carácter por vezes insuportável, mal vestida, mal penteada e sobretudo dona de uma pronuncia "não explicada" e solenemente irritante. 
Lone Scherfig, a promissora realizadora de An Education (2009) não consegue com este filme superar o sucesso do bestseller escrito por David Nicholls




No entanto, em tom de desabafo e longe do sentido crítico - CHOREI que nem uma "Maria arrependida" . O que me faz pensar - se era este o objectivo de Sturgess, foi de facto, bem sucedida! A ver naqueles dias pré-menstruais e depois de discutir com a "cara-metade". Igualmente ideal para todas aquelas pessoas que têm amigos especiais - aqueles de quem se tem ciúmes sem aparente razão.

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3 comentários até agora:.

  1. vi-o sem ciclo menstrual e gostei :)
    achei que o an education também foi um filme que se perdeu a meio e este perdeu-se com a morte a duas rodas, completamente desnecessária. basta o cancro de love story para matar uma cara metade, este merecia um final feliz.

    moral da história? não vale a pena ter pressa porque o amor chega lá; ou é melhor ter pressa porque nunca se sabe quanto tempo nos resta?

    mas, sim, o automatismo da cronologia impede-me de ver o filme como uma história de amor. prefiro um romance desenvolvido ao longo do tempo, do que um que dispara em datas de calendário pré-definidas.

  2. Este comentário foi removido pelo autor.
  3. Sofia says:

    adorei a moral da história... "moral da história? não vale a pena ter pressa porque o amor chega lá; ou é melhor ter pressa porque nunca se sabe quanto tempo nos resta?"

    é mesmo isso

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