por Cine31.
Ainda há uns dias falei de um dos meus filmes de terror favoritos: "Carrie". Estreado em 3 de Novembro de 1976, é uma das mais famosas adaptações de um romance de Stephen King, neste caso, "Carrie" de 1974.
Carrie é uma rapariga tímida e solitária, vitima de bulling na escola às mãos de colegas cruéis e dominada pela sua mãe insana e fanática religiosa. Entretanto, Carrie descobre que quando passa por situações emocionais, activa o seu poder de telecinese (mover objectos com a mente). Apesar de constantemente maltratada na escola, e contra a vontade da mãe, Carrie aceita ir ao Baile de Finalistas com um jovem bonito e popular, sem saber que será vitima de uma armadilha. E toda a escola está prestes a ter uma surpresa desagradável....
Não me recordo se o vi pela primeira vez na televisão ou em VHS, mas foi um filme que me marcou imediatamente. A empatia com a frágil e estranha Carrie é rápida, que além de ser hostilizada na escola pela sua timidez e aparência - um tema universal - e também sofre abusos às mãos de uma progenitora obcecada com o pecado. No inicio do filme quando Carrie tem o período pela primeira vez julga que está a morrer, graças à sua (des)educação sexual, imposta pela mãe. Ao mesmo tempo, essa nova (e tardia) fase da vida da jovem marca o despertar dos seus poderes (tal como os X-men e os outros mutantes do universo Marvel, uma clara referência ás mudanças dos jovens ao entrarem na puberdade) e uma hipótese de mudar o seu status quo no ambiente escolar, materializada na forma do baile de finalistas, um ritual de passagem à idade adulta. Mas neste filme, a rejeição dos pares será retaliada com violência e morte, um paralelo com situações que vimos mais tarde na vida real, como por exemplo no tiroteio de Columbine. Mas, metáforas à parte, é um grande filme, bem realizado por Brain De Palma, e além das brutais cenas em que Carrie usa os seus poderes, destaco ainda o recurso ao split screen, uma sugestiva sequência de créditos em slow-motion pelo balneário feminino (um plano sequência, que se tornou imagem de marca do realizador), e a bela banda sonora composta por Pino Donaggio. Nota para o carismático elenco, de que se sobressaem Sissy Spacek (como a sofrida protagonista) e Piper Laurie, a alucinada mãe de Carrie.
Carrie, estreou em Portugal em 1981, no Fantasporto. Em 1999, uma sequela "The Rage: Carrie 2" foi um fracasso de crítica e bilheteira. Eu fui dos que vi em DVD... meu rico dinheirinho. Três anos depois foi feito um remake na forma de um telefilme, "Carrie", que supostamente seria um episódio piloto para uma série, que nunca arrancou, devido às baixas audiências.
E assim são... Os Dias do Cinema
Um tour de force de De Palma, sobretudo na cena do baile!
Adoro. Um clássico de terror teen inesquecível.
Abraços
Rodrigo
Bem resumido!
Abraço!
O filme é excelente e mexeu comigo, gostei do que o realizador fez.
As sequências de que mais gostei foram as que sucederam depois da cena do baile de finalistas, devido a ter mexido completamente comigo devido ao que se sucedeu com Carrie e devido aos efeitos especiais nestas cenas me terem cativado por completo. Sissy Spacek brilhou mais uma vez, pois nos olhos de Carrie via-se o ódio que esta sentia pelos que a humilharam e isso despoletou o terror vivido nas cenas seguintes.
Frederico: sem dúvida!
Estou a pensar ver o remake porque adoro a Chloë Grace Moretz, mas já ouvi bem e mal do filme.
Ainda estou indeciso. Mas gosto tanto do original, que provavelmente vou ver esta nova versão do livro, nem que seja para comparar, apesar daquele nojo de sequela Carrie 2 :P