[spoiler - mais ou menos]
Nota 1: um dos rituais obrigatórios de ser madrinha de alguém é levar o afilhado ao cinema aos domingos à tarde.
Nota 1: um dos rituais obrigatórios de ser madrinha de alguém é levar o afilhado ao cinema aos domingos à tarde.
Nota 2: ir ao cinema ao domingos à tarde para ver comédias e encontrar a sala cheia de adolescentes carregados de pipocas, cola-cola e hormonas descontroladas é semelhante a uma traumatizante diarreia intelectual.
O filme: todos sabemos que fazer rir, não é fácil. Rowan Atkinson tem essa capacidade nata. Talvez pelas suas características físicas, e sobretudo pelas expressões faciais, saca uma gargalhada fácil, mas pouco mais do que isso.
O filme é básico e cheio de clichês. O parceiro de Johnny English (Agent Tucker - interpretado pelo "desconhecido" Daniel Kaluuya - que ainda não tem fotografia no IMDb) tem alguma piada, mas não é mais do que a representação da razão no meio da loucura e burrice do agente principal.
Destaco as cenas iniciais - passadas num monteiro budista, mas que no fim, não passam de uma imitação pouco conseguida de Ace Ventura: Pet Detective.
Gostei de ver Dominic West a desfilar por lá, mas só porque acho piada a Dominic West, e porque me faz pensar em The Wire, nada mais.
O melhor do filme (se é que esta expressão pode ser usada) é "a assassina do aspirador" e as tentativas óbvias, mas divertidas de Johnny English a apanhar.
Em resumo, o filme é parvo, mas acho que é esse o objectivo.
Com este filme percebe-se porque é que Atkinson abandonou a personagem Mr. Bean. Johnny English é a versão Bean com som.