por Sofia;
[spoiler / conteúdo que pode ferir susceptibilidades]
Longa é a relação da literatura com o cinema, e
igualmente duradoura é a intimidade entre a moda e o cinema. Se juntarmos as três
valências numa só, é possível encontrar raros tesouros estilísticos e
estéticos.
Naked Lunch (O Festim Nu, em português) é um romance
publicado em 1959, escrito por William S. Burroughs, um americano que além de
autor, foi pintor e “uma espécie” de crítico-social. O livro é basicamente
caracterizado por ser uma sequência de sucessivas alucinações, fruto da chamada
“geração beat”. Foi escrito sob a influência de estupefacientes. e envolve uma personagem lobotomizada, centopeias, dealers, etc. A narrativa é
fria, radical e é uma batalha em que o mal sai vencedor.
David Cronenberg pega na obra de Burroughs e inspira-se. Em
1991, Naked Lunch (O Festim Nu) ganha um lugar na história do cinema (abordagem
susceptível de discussão). Bill Lee (interpretado por Peter Weller) sonha ser
escritor, mas na verdade, para ganhar dinheiro é um exterminador de insectos e a personagem corre sérios riscos de perder o trabalho, pois o stock de insecticida está a acabar… e porquê? Porque a sua
mulher – Joan (interpretada por Judy Davis) é viciada no veneno
que mata os bichos, entretanto, Bill também se torna viciado e nas suas viagens alucinantes existe espaço para insectos gigantes, humanizados e falantes.
Agora é a vez da fotografa italiana Livia Alcalde lançar um trabalho
de moda, com o mesmo título - Naked Lunch - e tendo por base a mesma inspiração... dá à história, através da fotografia um update fashion
e bem mais sexual / ousado / sexy / explícito. Eis o resultado:
(fonte: Homotography)
Créditos - Fotógrafa: Livia Alcalde | Estilista: Pablo Patanè
| Cabelo e maquilhagem: Riccardo Lupini
Modelos: Sasha Marini [Beatrice], Malin
Åkerström [Beatrice] & Gil Soares [Fashion]
Categorias:
by sofia,
cinema,
literatura,
moda
Assisti ao filme de Cronenberg e mesmo gostando de obras diferentes, considero o longa estranho demais.
Até mais
olá Hugo... e o trabalho da fotografa, achas menos estranho?