No inicio do ano participei na iniciativa "As Incontestáveis", organizada pelo Roberto Simões, do blog "CINEROAD - A Estrada do Cinema". O desafio era fazer uma lista com 5 obras primas do cinema. Não foi fácil escolher, com tantas obras e géneros para comparar, mas cá está a minha lista [que podem consultar e ver os comentários dos leitores no próprio Cineblog], em que escolhi de propósito géneros diferentes.
As minhas escolhas, em ordem cronológica, acompanhadas da respectiva justificação:
King Kong. A história do monstro que se apaixona pela bela loura é um filme mítico, que influenciou gerações de criadores e apreciadores de cinema. Apesar de só o ter conhecido em 2005, antes da estreia da versão de Peter Jackson, fiquei impressionado. Custa a acreditar que foi filmado há quase 80 anos, uma maravilha técnica que continua emocionante, recheado de planos e sequências apaixonantes.
O documentário "O Triunfo da Vontade", mais famoso pela polémica que rodeia a realizadora e as suas ligações ao regime Nazi, é um documento fascinante que permite uma espreitadela crítica [cabe ao espectador contextualizá-lo] à megalómana máquina da propaganda do Terceiro Reich. Um documentário obrigatório para compreender como funciona a manipulação das massas.
A Vida de Brian, da troupe Monty Phyton no seu auge, é uma comédia tão invulgar e pouco politicamente correcta, que a primeira vez que a vi – há uns bons anos - fiquei incrédulo pela ousadia e non-sense que permeava toda a metragem, e que no entanto consegue ser um filme consistente e não apenas um conjunto de sketches. Também podia ter posto aqui o “Monty Python e o Cálice Sagrado”, mas pessoalmente prefiro esta paródia aos épicos da Hollywood clássica e à loucura da religião e seus fanáticos, com um final musical-épico.
Princesa Mononoke do mestre da animação Hayao Miyazaki (Conan O Rapaz do Futuro, Nausicäa, A Viagem de Chihiro), aborda uma variedade de assuntos sérios como o crescimento sustentável e a destruição da Natureza ao mesmo tempo que inunda os nossos sentidos com uma animação imaculada, numa mistura de poesia visual e musical temperada por acção delirante.
O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel, o primeiro capítulo da brilhante saga de Peter Jackson que adapta o que era considerado inadaptável. Serve essencialmente para exposição dos personagens e do plot, mas fá-lo em grande estilo, com grandes valores de produção e design e acima de tudo uma enorme amor pelo material de origem que não impediu a inovação. Julgo que da trilogia é o mais equilibrado. E como eu adoro a banda sonora de Howard Shore!
Mais uma vez, agradeço ao Roberto Simões o convite para participar nesta grande iniciativa do CINEROAD.
As escolhas dos outros participantes: "As Incontestáveis"
Mais uma vez, agradeço ao Roberto Simões o convite para participar nesta grande iniciativa do CINEROAD.
As escolhas dos outros participantes: "As Incontestáveis"
as minhas escolhas foram muito melhores que as tuas
ah ah ah ah ah
- Apocalypto (2006), de Mel Gibson
- Beleza Americana (1999), de Sam Mendes
- Sete Pecados Mortais (1995), de David Fincher
- A Barreira Invisível (1998), de Terrence Malick
- Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino
e na justificação até coloco uma menção a iscas... Gostei muito desta iniciativa do Roberto
Estive a reler as tuas escolhas, começaste a tua justificação mesmo a abrir! estavas mesmo "on fire" ;-)
como disse no site do roberto, da tua lista só não via (ainda) a Barreira Invisivel.
I M P E R D O Á V E L
"I M P E R D O Á V E L" O do Eastwood? Também não vi ainda ;-D LOL
eu vi... mas não me lembro :)