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Pouco há que dizer sobre mais uma obra-prima aclamada do mestre japonês Hayao Miyazaki (Princesa Mononoke, Conan O Rapaz do Futuro); um primor de animação, fluidez, sonoridades e emoções, vencedor – entre outros prémios – do Óscar da Academia 2003 para Melhor Filme de Animação. Antes de a ver num ecrã de cinema, já tinha assistido uma vez, em formato DVD, mas a excelência dos cenários e animação só é verdadeiramente apreciável numa tela de cinema. Lamentável que o grande público continue a entender o cinema de animação como produtos para as crianças.* A produção foi do mítico estúdio de animação co-fundado por Miyazaki, o Studio Ghibli; e a bela banda sonora foi composta por Joe Hisaishi, colaborador habitual de Hayao Miyazaki (esta relação artística recorda-me a relação entre Steven Spielberg e o compositor John Williams, que musicou quase todos os filmes de Spielberg).


Chihiro, uma rapariga de 10 anos, e os seus pais mudaram de cidade, mas durante a viagem de carro perdem-se e  encontram o que parece ser uma vila abandonada. Na realidade invadiram o mundo dos espíritos, um local repleto de magia, povoada por criaturas divinas e/ou monstruosas. Os pais de Chihiro são castigados e aprisionados na forma de porcos, e Chihiro, obrigada a usar o nome de Sen, terá que trabalhar arduamente numa casa de banhos deste mundo estranho para descobrir uma forma de salvar os seus pais da maldição e regressar ao mundo dos humanos. Durante as suas provações vai conhecer inúmeras personagens extraordinárias, alguns aliados e outros inimigos, que contribuem para transformar uma menina mimada numa rapariga responsável e confiante. E ainda vai ter tempo para descobrir o amor. No fundo, a clássica "jornada do herói", embora um pouco mais ambígua do que os nossos olhos ocidentais estão habituados a ver. 


Um filme bastante recomendável, até para quem tem pouco contacto com os anime.




Desenvolvido a partir do texto publicada originalmente: Noites de Outubro 05.... (2005)

* NOTA: Desde que escrevi esta frase, em 2005, este panorama mudou um pouco, alguns sucessos como os da Pixar ajudaram a estabelecer a animação como um género tão válido como qualquer outro. Mas ainda há um grande caminho a percorrer.

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