Baseado no comic Hellblaser, o protagonista desta película é Constantine, Jonh Constantine – um anti-herói que morreu uma vez (suicidio) e agora sofre de um cancro mortal nos pulmões – o que não o impede de fumar como uma chaminé do Inferno. E o Inferno é um local que Constantine conhece bem, já que é lá que TODOS os suicidas vão parar (neste ponto cheguei a pensar se o filme será patrocinado por alguma Igreja, mas resulta interessante e irónico assistir à aplicação de alguns dos dogmas da Igreja). E parece que os simpáticos demónios do submundo paralelo se fartaram do calor oprimente do Reino de Hades e decidem – surpresa – fazer umas excursões à Terra e já agora conquistar o planeta (excelente a visualização do inferno, um sítio não muito agradável e ventoso). Entrementes vamos sendo apresentados a uma galeria de personagens bizarras, entre demónios, anjos e “neutrais”, durante a corrida (hesitante no inicio é claro) de Constantine para salvar a rapariga e o planeta da vinda do filho do Diabo (a aparição e aspecto deste homem de branco é quase inenarrável). Interessante e muito forte a química entre os actores protagonistas, apesar de não chegar a existir o tradicional “gajo salva o mundo e fica com a gaja”.Sumariando, um filme interessante e entretido, com boas ideias e ritmo que torna credível um universo que filmado de outro modo seria no mínimo chunga. Aviso: vejam o filme até ao final dos créditos ou arriscam-se a perder uma surpresa!