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Este clássico do inicio dos anos 80 foi a terceira adaptação ao cinema do romance "The Blue Lagoon" [1908, pelo escritor Henry De Vere Stacpoole]. Não li o livro nem vi as versões anteriores [o mudo "The Blue Lagoon" (1923) e "The Blue Lagoon" (1949)] por isso não faço ideia do nível de fidelidade, ou não, da narrativa. Esta versão de 1980, "The Blue Lagoon", repetida vezes sem contas na TV, ficou conhecido pelas cenas mais atrevidas, mas de um erotismo inocente, envolvendo os dois jovens protagonistas. Mais tarde, em 1991, foi feita uma sequela, "Return to the Blue Lagoon" (1991). E em  Junho de 2012 estreou o telefilme "Blue Lagoon: The Awakening", que novamente reconta a história, mas agora ambientada nos tempos actuais. Recomendo ainda a leitura do artigo sobre o "primo" menos conhecido d'"A Lagoa Azul": "Paraíso Azul" (1982). Voltando à "Lagoa Azul", a polémica em redor do filme está relacionada com as cenas de nudez dos jovens actores. Brooke Shields até teve que testemunhar numa comissão de inquérito do Congresso norte-americano que foram usadas duplas para algumas das cenas de nus.
Lembrei-me de redigir este artigo depois de ler que no Brasil "A Lagoa Azul" viu a sua classificação etária ser aumentada para Maiores de 12 anos. Fiquei curioso para saber qual a classificação que terá recebido na sua estreia em território português, no dia 16 de Janeiro de 1981.
Vasculhando os arquivos do "Diário de Lisboa", encontrei um poster do dia de estreia marca o filme como "Não Aconselhável a Menores de 13 Anos". Quem diria que alguns anos depois toda a família o veria nos pequenos ecrãs dos Domingos à tarde da RTP. Creio que já no tempo das TVs privadas passava de noite. Mas, não tenho a certeza...
Vale a pena ver a descrição do texto do poster, que tentava capitalizar no principal atractivo do filme: corpos nus numa ilha paradisíaca. O texto aliás é traduzido do poster em inglês [aqui], ao qual é acrescentado o parágrafo (a partir de outra versão do poster): "Nadam nús por entre recifes de coral. Correm numa catedral de arvoredo. E a brisa acariciadora, a lua dos trópicos e as sedosas areias conspiram para os enlear." E rematam com a frase: "Aquele amor que a natureza realmente concebeu."
Os posters da 2º e 4º semana de exibição:
O crítico do jornal não é nada meigo para a película, elogiando no entanto o inegavelmente belo trabalho de fotografia. 
Não recordo a banda sonora, mas sendo do grande Basil Poledouris ("Conan", "Robocop", "Starship Troopers") não seria nada de deitar fora.
Para quem domina inglês, um pequeno documentário sobre as filmagens:
Um excerto de uma entrevista da época com Brooke Shields e Christopher Atkins:
Mais uma entrevista com a jovem Brooke Shields:
Um curto documentário recente sobre o filme:

Já há muito que não revejo este coming of age, tenho curiosidade para o rever com "olhos adultos" e ver que tal se safa. No IMDB tem uma nova bem baixa... Creio que tenho o VHS algures...

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