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Finalmente depois de semanas em standby sai da caverna e fui ver se se justificava o hype do novo Mad Max. Na sala número 3 do shopping somente eu e o meu ego. Ainda enchemos uma poltrona. Nunca percebi o culto sexual que os americanos e os australianos fazem aos automóveis, mas depois de ver este espectáculo de adrenalina e pirotecnia orgânica, senti-me com vontade de ir ao stand mais próximo, comprar um ferro velho motherfucker redecora-lo em estilo pós-apocalíptico e partir rumo ao deserto carregado de lanças explosivas e  gasolina ao encontro da tribo de tunning mais terrível que encontrasse. E eu nem carta tenho. 

Apesar de esta ser uma nova entrega de um universo pre-existente, não é necessário ter visto os anteriores.

O espectador é atirado para o meio da acção, como se fosse um comum habitante desse mundo de areia e sangue, raptado e levado a reboque de uma montanha russa. Existe toda uma série de códigos e rituais dessa sociedade bizarra, que felizmente não são explicados. Aliás, a "exposition" é reduzida ao mínimo. Tecnicamente o filme é impecável, a maioria do elenco é carismático, e até o mais insignificante "minion" tem o seu momento. Ainda não vi as featurettes dos bastidores e efeitos especiais, mas fica a sensação que aproveitaram ao máximo os efeitos prácticos e que os complementaram com CGI, para um excelente resultado. Nas últimas semanas o MFI (Movimento Feminista das Internets)  parece ter-se apoderado da película, embriagado pela quantidade de mulheres em papéis de destaque e acção, que acabam por ofuscar a personagem macho que dá título à saga. Max, junto com o vilão,  tem o papel mais previsível do filme, o homem capturado que foge e luta pela sobrevivência mais básica , mas que a certo momento terá que optar por salvar a própria pele ou ajudar os outros necessitados. Um pormenor que não desmerece o trabalho dos actores, que conseguiram brilhar mesmo por detrás da sujidade e das máscaras. Apesar da tonelada de análises entusiasmadas sobre simbolismos, e tudo o que interesse a determinadas agendas políticas ou sociais,  o filme não é a maior obra-prima do cinema obviamente, nem pretende ser, mas é decerto um novo marco no cinema de acção, uma viagem freneticamente editada que aconselho vivamente. Será o ressurgir de um sub-género? 

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