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Começo com um mea culpa: ainda não vi o Daredevil do Affleck do início ao fim, apesar de várias recomendações para dar uma chance ao director's cut. Durante vários anos foi o único filme contemporâneo de super-heróis que não vi. E fui ver a Elektra, ao cinema... Mas não ter visto o Dareffleck completo não me impediu de embarcar no comboio do escárnio e maldizer que são os comentários online. Por isso encarei com alguma dúvida as noticias da série do Daredevil para o Netflix, apesar do bom cadastro recente das produções da Marvel Comics. 
E pelos episódios que já consegui ver, os meus receios eram infundados. As desventuras deste herói urbano, o vigilante dos desprotegidos que luta nas sombras e escombros dos conflitos dos heróis mainstream foi uma aposta arriscada, num estilo mais maduro e sombrio que os filmes do Universo Cinematográfico Marvel e as  séries associadas, Agents of SHIELD e Agent Carter, mas pelo que vi até ao momento perfeitamente conseguido.  
Actores excelentes, sequências de lutas intensas e realistas, bem editadas (aprendam Nolan, Bay e demais amantes das lutas epiléticas) a recordar as dolorosas porradas de um Raid, ou Oldboy, com algum do humor e aproveitamento dos adereços dos Jackie Chan pré-Hollywood. O tratamento das personagens está bem equilibrado, com heróis falíveis e humanizando os vilões, sem no entanto glamourizar ou desculpabilizar as suas acções terríveis. Um dos aspectos que mais temia era como ia ser abordado o aspecto religioso de um dos poucos personagens assumidademente católicos, mas as sequências de "confissão" são interessantes e com propósito. Os easter eggs ou referências ao Universo partilhado com os filmes e séries da Marvel são utilizados de forma económica, e fazem sentido nesta abordagem mais prosaica.
Não sou fã hardcore do Homem Sem Medo (o apelido do "Daredevil", ou "Demolidor" como foi baptizado nas BDs brasileiras e consequentemente em Portugal), mas conheço a mitologia e os principais arcos narrativos, e já temo pelo futuro de alguns personagens, que nas páginas da BD não foram muito risonhos... Estou com certeza ansioso para ver o resto dos episódios,e  as próximas séries da Netflix dos outros heróis urbanos da Marvel, a culminar nos Defenders.
P.S. - Adorei o genérico inicial, muito reminescente do de Hannibal, mas menos....canibal.
P.S.S. - Habemus sideboob no primeiro episódio!

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