Aproveito o post para agradecer ao David o facto de me ter dado “tempo de antena” no Cine31. Já nos “conhecíamos” através do mundo da Blogosfera, depois pelo Facebook – fui eu que me fiz de convidada… e ele “mais maluco que eu” – aceitou. Os factores de união são o Cinema e a BD…o motivo para um “futuro divórcio" - os Transformers :) :)
Estou a adorar pertencer a este projecto. Espero que a parceria seja duradoura e que os “visitantes” gostem de nos aturar.
Quanto ao desafio do Roberto do CINEROAD - as Incontestáveis - e talvez para me conhecerem um pouco melhor - eis as minhas escolhas e respectivas justificações.
Pulp Fiction: é um fascínio. Ousado, contemporâneo, rítmico, ímpar. Adoro o pormenor dado pelas quebras na ordem cronológica, que permitem dar o papel de protagonista, a personagens diferentes à medida que o filme se desenrola.
A dupla Vicent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) e os diálogos entre eles são lendários. E Vicent Vega é a ponte entre Reservoir Dogs e Pulp Fiction – um detalhe subliminar.
Mia Wallace (Uma Thurman) tornou-se uma das personagens femininas mais marcantes da história do cinema – pela sua dança, mas sobretudo pela cena da overdose.
A genialidade deste filme é aprimorada com a brilhante, inesquecível e marcante banda sonora.
Para mim, este filme é um todo – realização, produção, roteiro, etc – tudo se conjuga de forma a o tornar – a meu ver – BRILHANTE.
Se7en: uma palavra para este filme: LUZ. Sendo uma estudiosa (em part-time) da Luz na Pintura, a forma como David Fincher a utiliza neste filme, deixa-me deslumbrada. É a Luz que permite delinear o protagonismo que as personagens devem ter, como se de uma pintura se tratasse. Fincher o “mestre das frames”, consegue neste filme outra coisa que eu acho mágica: os cenários. São estes cenários e a sua ligação à luz, que nos permitem “quase sentir o cheiro” daquilo que se passa na tela.
É um retrato perturbador de uma sociedade podre no seu interior – povoado por um sempre brilhante Kevin Spacey – que emprega ao filme um dos melhores finais de sempre.
The Thin Red Line: Não sou de todo, fã de filmes com a temática “guerra”, no entanto, The Thin Red Line, ultrapassa a conjugação a este adjectivo. È a adaptação de um romance, povoado por um elenco de luxo e que mostra a intensidade psicológica da guerra. Toca-me precisamente pelo grau de intensidade, pelo toque poético e humanista que Malick emprega ao filme. Mostra a “luta pela sobrevivência”, o instinto de sobrevivência, que se divide constantemente entre sentimentos de companheirismo, mas ao mesmo tempo de individualismo – essa característica tão inerte ao ser humano. É para mim violento, invulgar e deslumbrante pelo retrato humano que transmite.
Chega a vez de American Beauty. Ora bem, como não ser fã de um país que dá origem a um filme que critica esse mesmo pais e ainda por cima realizado pelo inglês Sam Mendes. Este filme marca o fim do mítico “sonho americano” e o toque de Midas deste filme: Kevin Spacey.
A personagem Lester Burhan comete todas as “loucuras possíveis e imaginárias”, algumas das quais, todos nós - a certa altura da vida - pensamos fazer e Lester diz a propósito disso: “I feel like I've been in a coma for the past twenty years. And I'm just now waking up”.
O roteiro de Alan Ball é excepcional, cheio de símbolos, humor disfarçado e crítica social apresentada de forma subtil através de uma frase usada no marketing de apresentação – “look closer”. Ora bem, este filme para mim significa: “nada do que parece, é”
A minha última escolha: Apocalypto.
Porquê? Esta é talvez a escolha mais pessoal das 5. A História é a ciência que escolhi para formação académica e Mel Gibson, com este filme, fez-me sentir um ORGULHO IMENSO por ter escolhido esta área do saber. Já o tinha conseguido com The Passion of the Christ, mas superou-se com Apocalypto.
Não gosto do filme por questões de realização, de produção, ou de roteiro, gosto do filme como apontamento histórico e como personificação do que aprendi em 4 anos de licenciatura – as civilizações têm a capacidade única de se auto destruírem.
Mas merece um apreço especial, o mérito visual do filme. Dean Semler conseguiu mostrar paisagens deslumbrantes no meio de um enredo cruel e violento.
É para mim um filme exímio enquanto “documento histórico” (e sim! com algumas falhas históricas – mas que em nada lhe tiram – a meu ver – o valor).
Estas 5 escolhas são as minhas Incontestáveis.
Obrigado David
É um retrato perturbador de uma sociedade podre no seu interior – povoado por um sempre brilhante Kevin Spacey – que emprega ao filme um dos melhores finais de sempre.
The Thin Red Line: Não sou de todo, fã de filmes com a temática “guerra”, no entanto, The Thin Red Line, ultrapassa a conjugação a este adjectivo. È a adaptação de um romance, povoado por um elenco de luxo e que mostra a intensidade psicológica da guerra. Toca-me precisamente pelo grau de intensidade, pelo toque poético e humanista que Malick emprega ao filme. Mostra a “luta pela sobrevivência”, o instinto de sobrevivência, que se divide constantemente entre sentimentos de companheirismo, mas ao mesmo tempo de individualismo – essa característica tão inerte ao ser humano. É para mim violento, invulgar e deslumbrante pelo retrato humano que transmite.
Chega a vez de American Beauty. Ora bem, como não ser fã de um país que dá origem a um filme que critica esse mesmo pais e ainda por cima realizado pelo inglês Sam Mendes. Este filme marca o fim do mítico “sonho americano” e o toque de Midas deste filme: Kevin Spacey.
A personagem Lester Burhan comete todas as “loucuras possíveis e imaginárias”, algumas das quais, todos nós - a certa altura da vida - pensamos fazer e Lester diz a propósito disso: “I feel like I've been in a coma for the past twenty years. And I'm just now waking up”.
O roteiro de Alan Ball é excepcional, cheio de símbolos, humor disfarçado e crítica social apresentada de forma subtil através de uma frase usada no marketing de apresentação – “look closer”. Ora bem, este filme para mim significa: “nada do que parece, é”
A minha última escolha: Apocalypto.
Porquê? Esta é talvez a escolha mais pessoal das 5. A História é a ciência que escolhi para formação académica e Mel Gibson, com este filme, fez-me sentir um ORGULHO IMENSO por ter escolhido esta área do saber. Já o tinha conseguido com The Passion of the Christ, mas superou-se com Apocalypto.
Não gosto do filme por questões de realização, de produção, ou de roteiro, gosto do filme como apontamento histórico e como personificação do que aprendi em 4 anos de licenciatura – as civilizações têm a capacidade única de se auto destruírem.
Mas merece um apreço especial, o mérito visual do filme. Dean Semler conseguiu mostrar paisagens deslumbrantes no meio de um enredo cruel e violento.
É para mim um filme exímio enquanto “documento histórico” (e sim! com algumas falhas históricas – mas que em nada lhe tiram – a meu ver – o valor).
Estas 5 escolhas são as minhas Incontestáveis.
Obrigado David
Espero que os nossos visitantes, leitores e amigos estejam a gostar tanto desta parceria como nós!
(sim, é um recado "encoberto", leitores: queremos comentários! Feedback!)
Bom trabalho.
Já agora, muito boas escolhas e muito bem justificadas.
Abraço
Frank and Hall's Stuff