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Muitos a comparam com a recente reinvenção de Battlestar Galactica, só que sem naves. Também aponto alguns pontos em comum com os mistérios de Lost. Falo de "Outcasts", a malograda série de ficção cientifica da BBC, cancelada - depois dos primeiros oito episódios - por falhar em atrair audiências suficientes. O último episódio da primeira temporada terminou com um grande cliffhanger, que provavelmente nunca será resolvido. Tenho pena, a série é algo lenta, com alguns episódios que não acrescentam muito à mitologia geral da série, mas tem um elenco de bons actores e personagens carismáticas. A acção decorre no planeta Carphatia ( em homenagem ao primeiro barco a auxiliar os náufragos do Titanic), a salvação da raça humana, localizado a cinco anos de viagem da Terra. Na superficie árida de Carpathia está a cidade de Forthaven, construída dez anos antes pelos pioneiros, nesta nova fronteira. Apesar do ambiente sci-fi ser mínimo (raramente vemos alguma nave espacial com refugiados a aproximar-se do planeta) e a tecnologia quotidiana não ser muito diferente da nossa, a série consegue retratar bem a vida relativamente calma, passada uma década da chegada dos primeiros humanos, esses sim tempos conturbados, de dificuldades e com a população a sofrer grandes privações e um massivo ataque viral. Mas a aparente calma reinante está prestes a ser despedaçada com a chegada de uma nave espacial com mias refugiados da Terra. Além dos desafios de sobreviver num planeta distante, e da convivência "normal" em sociedade, existem outros perigos que os pioneiros vão ter que enfrentar: a guerrilha dos clones rejeitados pela sociedade e liderados por Rudi; e uma misteriosa força sobrenatural (mas não mística) nativa do planeta que deseja eliminar os humanos. As personagens principais são o Presidente Tate (um homem que carrega nos ombros o peso de liderar a comunidade, e o peso dos fantasmas do passado. interpretado por Liam Cunningham), o seu braço direito Stella Isen (Hermione Norris, como a líder da PAS, a Protection and Security, a polícia de Forthaven), Julius Berger (um manipulador profissional, interpretado por Eric Mabius), e a carismática dupla Cass (Daniel Mays) e Fleur ( a atraente Amy Manson), os agentes da PAS sempre em confronto e simultaneamente atraídos um pelo outro. 
Acredito que a série teria beneficiado com episódios um pouco mais curtos, e mais centrados no conflito principal. Foi interessante ver retratado abertamente o poder da religião como ferramenta política para alcançar o poder, e como a população é tão facilmente manipulável pelo medo e falsas promessas. Parte da filosofia da série é esse confronto de ideias sobre se é viável a longo prazo a convivência em paz, entre os próprios humanos, e com os outros habitantes de Carpathia.


Uma série com potencial, cujo desfecho provavelmente não verá a luz do dia.

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