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Um dos filmes da época natalícia deste ano é a adaptação do primeiro volume da trilogia “His Dark Materials” - “Mundos Paralelos” no nosso país – da autoria de Philip Pullman intitulada “The Golden Compass” - “A Bússola Dourada”. A polémica em redor da película, que está a ser promovida como uma aventura épica na linha de “O Senhor dos Anéis” e das “Crónicas de Narnia”, está relacionada com o facto de o autor dos livros ser ateu, o que provocou reacções de sectores de fundamentalistas religiosos norte-americanos, que apelam ao boicote ao filme, porque este irá promover ideias ateístas. Num país em que os ateus são encarados por uma grande parte da população como algo desprezível, não será de admirar que esta polémica orquestrada em redor do filme o prejudique nas bilheteiras, se bem que é um facto que no passado polémicas e acusações de heresia semelhantes beneficiaram filmes como “A Paixão de Cristo”. Pouco depois de ter assistido ao filme iniciei a leitura do volume correspondente, e apesar de não ter terminado o livro, posso dizer que o filme é uma versão condensada, com algumas alterações inevitáveis, mas que manteve o essencial da primeira aventura da pequena Lyra num fantástico multiverso recheado de criaturas fantásticas numa sociedade familiar ao espectador. No geral notei uma certa suavização do ambiente presente nos livros, mais duro, sujo e cruel que na versão cinematográfica, para permitir melhor a sua venda como um produto para toda a família. Fique agradavelmente surpreendido com a abordagem aos daemons (demónios, na versão portuguesa) - que felizmente não são os típicos animais falantes versão Disney - que são criaturas que acompanham todos os seres humanos e são uma espécie de extensão da alma do humano que adopta a sua forma animal conforme a personalidade do humano em questão. O filme não é perfeito, em parte porque pareceu faltar coragem de ir um pouco mais além em determinadas cenas que podiam colocar definitivamente este filme numa categoria á parte dos tradicionais filmes de fantasia para os mais novos.


Sinopse: A pequena órfã Lyra (Dakota Blue Richards), uma criança irrequieta e curiosa vive numa faculdade em Oxford - numa dimensão paralela - com Pantalaimon o seu daemon, um companheiro animal, que como todos os daemons de crianças que ainda não atingiram puberdade, ainda não assumiu uma forma definitiva, ou seja, pode mudar de forma á vontade. Até ao dia em que impede o assassinato do seu tio Lord Asriel (Daniel Craig) por emissários do Magisterium (uma versão absolutista da Igreja que continua a controlar todos os aspectos da sociedade), um explorador e investigador que descobriu uma verdade muito incómoda para o poder do Magisterium se for divulgada. Pouco depois, Lyra é entregue á bela e hipnotizante Mrs. Coulter (um bela e hipnotizante Nicole Kidman), que depressa revela as suas intenções e ligações aos misteriosos desaparecimentos de crianças por todo o pais. Em fuga dos esbirros de Mrs. Coulter e do Magisterium, Lyra vai encontrar aliados inesperados na forma de um urso polar blindado (a voz de Ian McKellen), uma feiticeira voadora (Eva Green, que apesar de repetir presença num filme com Daniel Craig - depois de “Casino Royale” - não contracenam juntos desta vez) e outros amigos que encontra pelo caminho até ao Norte, onde está a solução para todos os mistérios que afligem a corajosa Lyra. O que é “Poeira”, como funciona o alethiometer (a Bússola Dourado do título e que indica a verdade ao seu portador) e qual é o papel da própria Lyra na guerra que se avizinha.

One Response so far.

  1. Nessuno says:

    Adoro a trilogia. Tenho a mesma opinião sobre o filme. =_)
    Bom blogue

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