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Sinopse: Numa aldeia na selva a vida simples de Pata de Jaguar é interrompida brutalmente pelo ataque dos ferozes Maias, que destroem a aldeia e capturam grande parte dos habitantes. Pata de Jaguar, apesar de lutar bravamente, não consegue evitar a captura e junto com os outros membros da comunidade são transportados pela selva até ás pirâmides Maias, onde descobrem o seu terrível destino: ser sacrificados aos deuses pela decadente elite que anseia evitar o fim do mundo. Mas a oportunidade surge e Pata de Jaguar foge do cativeiro, iniciando uma fuga desesperada para salvar a mulher e o filho que ficaram escondidos na aldeia. É uma corrida desesperada contra o tempo e contra os seus perseguidores que não lhe dão tréguas.


Crítica: Eis a mais recente película de Mel Gibson, que foi tão criticada ainda antes de ter inicio a rodagem. Primeiro, é um filme muito diferente do que estava à espera, porque foge um pouco aos esquemas dos épicos tradicionais. A opulência visual foi substituída pela opulência de emoções, filmada a um ritmo diabólico. Eu esperava centenas de planos digitais de pirâmides e fiquei com filme quase inteiramente decorrido na emoção do inferno verde da selva. É a odisseia de um homem contra um povo poderoso, com a esperança de voltar para a mulher e para o filho. Uma história contada inúmeras vezes no ecrã, com os heróis e vilões bem definidos, forçados a sofrer e a causar sofrimentos terríveis para alcançar os seus propósitos, e salvagauardar os seus modos de vida. Seja um homem que quer salvar a esposa e o filho, ou outro que quer vingar a morte do seu próprio filho.
Recentemente surgiram certas críticas que Gibson realizou um filme que não é historicamente exacto. E? Que eu saiba, não se supõe ser um documentário. E além disso, a história não é uma ciência propriamente exacta, mas sim em constante revisão. Creio que os dinossauros do filme “King Kong” de 1933 eram “historicamente” exactos, segundo a ciência da época. Menos pretensiosismo, meus senhores!
Quanto aos aspectos técnicos, a sala onde vi o filme não era das melhores, mas foi conseguida uma fotografia atraente. Não me recordo da banda sonora, o que costuma ser sinal de se moldar bem às imagens. O trabalho dos actores – apesar da presença de duas ou três personagens um pouco estereotipadas – foi muito interessante, considerando a quantidade de actores no elenco que não são actores.
O realizador foi novamente acusado de construir um monumento à violência gratuita. Na minha opinião, em “A Paixão de Cristo”, somos brindados com close-ups provavelmente desnecessários e muito mais gratuitos e sádicos do que qualquer dos planos violentos de “Apocalytpo”.
Creio que Gibson conseguiu uma película impressionante, violenta (como a vida), com acção, drama e até alguns momentos de humor. Afinal o pessoal da selva também sabe rir!

O melhor: A corrida pela vida de Pata de Jaguar.

O pior: O cinema onde visionei a película não ter melhor qualidade de imagem. As críticas infundadas, baseadas no ódio pessoal a Mel Gibson.

Veredicto: Um filme emocionante, sobre a vida e a morte.

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3 comentários até agora:.

  1. Aquele tipo que o captura é mesmo detestável, hã?

  2. Anónimo says:

    não vi o filme todo, mas o pouco que vi causou-se forte emoção, é um filme intenso, muito intenso.
    Preciso vê-lo inteiro.

  3. e vale mesmo a pena ver tudo, Ilton!

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