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Percebo que este filme é adaptação de um livro procedente de um género muito difícil de transpor e de conseguir manter o mesmo grau de comicidade do texto impresso (e neste caso lido nas ondas de rádio, que é onde se originou a saga destes personagens invulgares.), que é dotado de um humor absurdo e difícil de concretizar visualmente. Li o primeiro livro há cerca de um ano e aguardava ansiosamente o produto final para poder avaliar o grau de fidelidade ao espírito do livro. O que mais me preocupava era o aspecto e a recriação visual dos ambientes e personagens. A nível visual creio que a equipa de produção acertou, embora não seguindo os preceitos dogmaticamente. A nave “Hearth of Gold” e o local onde estão armazenados os planetas, ficaram melhor representados do que pude imaginar ao ler o livro. Onde falharam – precisamente no aspecto mais difícil de conseguir – foi na interacção entre personagens e situações, e na dificuldade em manter o sentido de humor peculiar. O DVD tem alguns extras correctos mas que lamentavalmente fazem pouca referência ao material original da “trilogia em cinco partes” de Douglas Adams (além de escrever para rádio e publicações escreveu para as séries "Dr Who" e um episódio de "Monty Phytons flying Circus").
Resumidamente, este filme tem início com a demolição da Terra (pelos borucráticos Vogons) para construção de uma via inter-galáctica (os editais foram publicados com 50 anos de antecedência no Gabinete de Planeamento Local em Alpha Centaury). Só um terrestre é salvo (Arthur Dent, interpretado por Martin Freeman) quando o seu amigo de outro mundo Ford Prefect (Mos Def) pede boleia a uma das naves demolidoras dos Vogons. Já a bordo clandestinamente, Arthur descobre que o seu amigo é um ET e é apresentado ao “Hitchhicker's Guide to the Galaxy”, um admirável guia intergaláctico sobre todo o que se possa imaginar, mais popular que a “Enciclopédia Galáctica”. E mais barato também. Assim que são descobertos, e depois sofrerem torturas inimagináveis (o chefe Vogon lê-lhes um adorável excerto de poesia) são atirados escotilha de ar fora. Acontece algo autenticamente improvável: são resgatados por uma nave impulsionada por uma “Improbability Drive”, comandada pelo Presidente da Galáxia Zaphod Beeblebrox (Sam Rockwell), que se encontra em fuga, precisamente por ter roubado a nave (Hearth of Gold) para encontrar um planeta lendário, onde estará a Resposta Final (ou melhor a Pergunta Final, porque a Resposta Final para o sentido da vida e do universo é: 42). A bordo encontram Marvin ( “the Paranoid Android”, com a voz de Alan Rickman, e corpo de Warwick Davis - o Ewok chamado Wicket) e Trillian (Zooey Deschanel). Esta última, junto com Arthur são os únicos sobreviventes da espécie humana. Todos juntos embarcam numa das mais absurdas aventuras jamais levadas ao grande ecran, que tem os seus bons momentos, mas que poderia ser mais divertido. Não se enqueçam: "Dont Panic!"

O melhor: O visual espectacular e cuidado.

O pior: Arrasta-se um pouco, era desnecessária a nova importância dada à relação entre Arthur e Trillian. Várias piadas falham o alvo.

Veredicto: Fica a sensação que podia ser muito melhor do que resultado final.

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