Find us on Google+

Widgets


Devo desde já esclarecer que embora goste de assistir a filmes de terror, não sou conhecedor a fundo do género, nem vi as dezenas de clássicos que este género gerou. Confesso que tenho em casa uma versão Divx do Holocausto Canibal e ainda não tive a coragem (já lá vão dois ou três anos) de vê-lo de um ponta à outra. Esse até agora é a excepção, porque no geral os filmes de terror que assisto não me costumam criar…terror. Só apatia. Assutar, assustar, assustei-me com a cena do Tubarão (Jaws) em que surge uma cabeça humana em deterioração pela abertura no casco de um barco afundado, ou quando surge o ET no homevideo do filme Sinais. Prefiro o susto que não deriva de saltos em frente à câmara e musica aos berros quando um gato assusta a protagonista do filme. Vi poucos filmes da “Série sexta-feira 13” ou “Halloween” (ainda não tive oportunidade de ver os Originais), ou outros que são (foram) tão populares. Prefiro filmes inquietantes, como “Os Outros”. Um momento que me aterrorizou e me persegue ainda hoje, foi quando a personagem de Nicole Kidman descobre que as pessoas das fotos não estavam propriamente a dormir. E adoro filme que misturam terror, gore e humor como “Brain Dead” (já viram bem o que o Peter Jackson andava a fazer antes da trilogia dos anéis? P.S. – Este filme tem uma história: tive o prazer de o ver quando passou no canal 2 da RTP uns anos atrás, mas como uma pessoa tem que se levantar cedo, programei o vídeo. Má ideia. Calculo que não pude assistir a cerca de um quarto de hora de um filme com o qual estava a delirar. Maldita cassete!) 
Mas falando sobre o filme aqui em questão, “House of 1000 Corpses” (de Rob Zombie, sim esse Rob Zombie) foi uma agradável surpresa (em formato Divx). Zombie conseguiu criar um filme acessível aos não-maniacos pelo cinema do género, com um ambiente coerente e muito inquietante, com personagens interessantes, uma viagem pelo trabalho e obra de uma trupe de assassinos demenciais, cada um mais sinistro que o outro, numa família sem limites com direito a avozinho e fetos em frascos, monstros deformados e uma bela rapariga que rapidamente se revela more than meets the eye. Os jovens que servirão os propósitos inconcebíveis dos monstros humanos e são lentamente enredados num beco sem saída (não viram filmes de terror suficientes para desconfiarem de uma jovem que pede boleia de noite quando está a chover a cântaros nas vésperas do Halloween) são ingénuos e supostamente representam um tipo de sociedade abominado e adorado pela família de aberrações, que sem restrições dão asas à imaginação sobre os corpos das pobres vitimas que se refugiaram na “toca da aranha”. Espectacular a personagem do Capitão Spauldling (Sid Haig). A sequência sobre um boneco do Dr. Zaius em determinado orifício corporal é hilariante. Amiúde o filme tem inserções de imagens “caseiras” e programas de TV, que mostram os assassinos deliciando-se com o seu trabalho e até em confissões para a câmara. Resumindo, é um filme bem conseguido, com muito sangue, sustos, mas acima de tudo uma atmosfera em que o horror e a normalidade andam de mãos dadas. Já sabem, por muito que fujam são sempre apanhados, e aqui o happy ending pertence à família de lunáticos e ao seu Mundo no qual as suas vitimas tropeçam. 

Categorias: , ,

Deixe o seu comentário:

Partilhe os seus comentários connosco!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...