Não consigo entender as críticas negativas que surgiram na estreia do filme. Não é o melhor filme do Exterminador Implacável (T2), mas tenho certeza que é melhor que o anterior (não sei, não vi, os trailers prometiam algo horrível). Este é um filme de acção muito competente, um "e se?" despretensioso. Quer dizer, é maior em conjuntos e efeitos do que o T1 e T2, mas nesse aspecto, em 2019 não impressiona. Mas, se o pudessem ver, as pessoas nos anos 90 perderiam a cabeça com os FXs, como fizeram com o T2. A história é bastante directa, dá algumas piscadelas de olho para a franquia passada, mas restringe o fanservice (porque o fanservice que interessa já estava no cartaz: Sarah Connor e o T-800), e tem tempo para respirar entre as cenas de luta. No geral, um blockbuster agradável.
Agora os SPOILERS:
Agora os SPOILERS:
O ponto mais forte é simultaneamente o mais fraco: o assassinato de John Connor em puto, pouco tempo depois de T2 abre uma nova linha temporal, quase um "What If" da Marvel. Mas, no lugar da inteligência artificial Skynet que envia robots ao passado para eliminar o futuro líder da resistência humana; temos inteligência artificial Legion que envia robots ao passado para eliminar o futuro líder da resistência humana. A diferença é que em vez de John Connor temos a Dani ... e no lugar do Kyle Reese/T-800-bonzinho temos uma amálgama de ambos: Grace, uma ciborgue, que não é a mãe da Dani mas uma espécie de filha adoptiva com peças extra. Apesar da tentativa de dar alguma personalidade à rude salvadora e ao perseguidor inumano (ironicamente, o robot de Gabriel Luna é bastante simpático quando não está a retalhar humanos) a simpática e trabalhadora Dani é pouco mais que o twist mais previsível da história do cinema. A tentativa de mostrar que as mulheres também podem liderar só a colocou ainda mais na sombra da lenda de John Connor. Hey, "feminismo" made in Hollywood! Sobre outro elemento que falhou parcialmente: apesar de um vislumbre da realidade e das condições em que os prisioneiros - perdão, detidos - capturados na fronteira são mantidos pelas autoridade dos EUA, esses anónimos carimbados de criminosos fazem apenas parte do cenário.
