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Com a estreia iminente do filme "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido" (X-Men: Days Of Future Past), convido os leitores do CINE31 a descobrir mais sobre a história que inspirou o filme, neste caso a edição portuguesa da novelização da banda desenhada "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido" (1981) que em Portugal ganhou o  título "X-Men: Dias Do Futuro Passado".
http://enciclopediadecromos.blogspot.com/2014/05/x-men-dias-do-futuro-passado-1996.html
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Se ainda não são fãs da Enciclopédia de Cromos, sigam no Facebook: "Enciclopédia de Cromos - Facebook Oficial"

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Novo trailer internacional, muito semelhante ao de uns dias atrás, mas com duas cenas novas de "Transformers: Age Of Extinction" (Transformers: Era da Extinção): 


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Finalmente, depois de noites não dormidas e ansiedade ( vá, talvez estaja a exagerar um pouco. Talvez. Vocês nunca saberão) está online nas Internetes o trailer para "Guardians Of The Galaxy", o ramo de aventuras galácticas do universo cinematográfico Marvel Comics. Estou a postá-lo aqui ainda antes de o ver. Espero que não seja daqueles que conta 99% do plot.
Trailer:

E se olharem ao topo do post, serão agraciados com o poster mais recente do filme. De nada.

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"Polémica", uma das palavras que mais vende folhas de papel e cliques em sites. Directa ou indirectamente várias formas de arte e comunicação refletem o espírito do seu tempo. Na civilizada Europa vivemos um retrocesso civilizacional geral, com o reforço dos conservadores no poder, austeridades e limitações de direitos. E como exemplo de que nem sempre as novelas futebolisticas são a principal preocupação da sociedade real, surgiu em Espanha um projecto que foi descrito por um dos seus criadores como a "primeira série de televisão feita pelo cidadão": "La Revolution de los angeles". E provavelmente é isso que mais incomoda os interesses instalados e portanto faz surgir a "polémica", mais que a suposta incitação á violência - que parece já não chocar quando surge em produtos estrangeiros - a denúncia de censura e da violência a longo prazo dentro do sistema contra o cidadão comum. 
Um teaser trailer:


Os criadores do projecto indicam que o objectivo desta ficção é chocar para causar o debate, mas obviamente o mais chamativo para as manchetes é o pormenor que despoleta o plot da novela e da série: doentes terminais que executam políticos corruptos, e deixam testemunhos em vídeo na Internet, que na série - tal como muitas vezes na vida real - é a ferramente para escapar ao controle que o Estado e as corporações afilidas têm nos media tradicionais. Aparentemente, fica também no ar a questão de que tipo de acções são legitimas -  ou não - para proteger a democracia.

O trailer oficial de "La Revolution de los angeles":


Uma reportagem no programa "Correspondentes" de 17 de Maio na RTP, cerca dos 13 minutos:
Obviamente, a reportagem aborda o caso do recente assassinato de Isabel Carrasco - uma politica "polivalente", dirigente do Partido Popular em Leão e presidente do Conselho Provincial da mesma região  - aparentemente por motivos de vingança pessoal. E como a jornalista diz, "qualquer semelhança é pura coincidência". Apesar disso, o assunto é enfiado na reportagem na mesma.

O site de micro-financiamento onde angariou o dinheiro necessário para o primeiro episódio - na altura prevista como curta-metragem: "Verkami - La Revolucion De Los Angeles". Para tornar realidade o primeiro episódio, o trabalho de actores e técnicos voluntários foi feito pro bono e muito equipamento emprestado.
A série ainda não foi comprada por nenhum canal, o que se antecipo como uma tarefa difícil...
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 Desde 2012 (adivinhem) que não me entusiasmo por muitos filmes. Contudo, caí no hype em torno do Godzilla. Os trailers, posters, o bicho... tudo me pareceu fantástico. Mais, não só fui ver o Godzilla no cinema como fiz questão de ser esta, finalmente, a minha estreia no IMAX.

 Então, Godzilla é o melhor filme de sempre?

Eu acho que o filme é bom... mas ficou muito, muito, muito abaixo das minhas expectativas.

Vamos fazer isto ao estilo de The Good, The Bad and the Ugly, começando pelo Mau para sairmos daqui com um sabor agradável:

O MAU



O filme cai em todos os clichés do género. Eu queixei-me que o Godzilla de 1998, bem como a maioria dos filmes de monstros gigantes, se concentram demasiado nos humanos. Felizmente não se trata de um grupo de adolescentes. Aqui levamos estritamente com os militares do principio ao fim e o seu plano estúpido para salvar a humanidade. Não há muito mais que pudessem fazer, é verdade, mas mais valia estarem quietos.

 Como é costume no género, e também tal como no seu primeiro filme em 1954, o monstro leva tempo até aparecer. Muito, muito tempo. Não me chateou muito porque só nos torna cada vez mais ansiosos e os humanos a principio não incomodam tanto como no resto do filme. Eu fiquei genuinamente interessado com as cenas do Bryan Cranston pelo que até os monstros aparecerem estamos bem entregues. Mas o que não gostei foram as constantes paragens no aparecimento do Godzilla. Ele vai aparecendo aqui e ali mas demora até nos deixarem realmente aproveitar o seu espectáculo. Provocar a audiência é uma coisa mas aqui teria sido aceitável se não fosse feito com cortes repentinos precisamente nos melhores momentos. A dada altura torna-se irritante. Até porque, se formos a ver bem, no bilhete diz Godzilla. Não assinámos nenhum contracto, é certo, sim senhor, mas parece-me justo ser pressuposto que é o que queremos ver. Menos é mais mas o que nos dão à mistura não é minimamente interessante para aguentarmos até à próxima cena do bicharoco.

Sem ser spoiler, todas as nossas operações nucleares, cientificas ou bélicas, são o tema do filme. É um pouco mais complexo que isso mas digamos que a razão dos monstros existirem deve-se a isso. Existe, no entanto, um pormenor muito, muito estúpido. Os filmes do Godzilla, com a excepção do primeiro de 1954 que é o mais sério, sempre tiveram o seu toque de fantasia. Este de 2014, para um filme que quer ser levado a sério e navega pelos mares do realismo tanto quanto pode... foram arranjar umas quantas respostas parvas e difíceis de crer. Mas eu vou admitir, apesar de tudo, que parte de mim ficou feliz com a escolha. Sei que me estou a contradizer mas embora expliquem alguns eventos de forma difícil de digerir, para não voltar a dizer parva, fez com que tudo acabasse por ser possível abrindo assim as portas para a existência de futuros monstros e outros eventos que não quero estragar mas deixam os fãs com grandes, grandes nerdgasms.

Uma das cenas mais intensas


Voltando a falar dos militares, são uma constante nos filmes da Toho. Estamos muito bem a ver uma luta entre o Godzilla e o Ghidrah (que mais tarde passa a ser apelidado de Ghidorah) e há sempre pelo meio a tentativa dos japoneses de vencerem com tanques e aviões. Porque tem resultado tão bem desde 1954. Portanto não é bem por aí que eu me queixo, o confronto inútil dos militares sempre fez parte dos mitos do Godzilla. No entanto, os confrontos são isso mesmo, confrontos. Não ficamos a conhecer a família toda de um soldado, estamos ocupados a explodir coisas por todo o lado. Enquanto que, de facto, existem imensas, e quero mesmo dizer, IMENSAS personagens ao longo dos filmes da Toho que são inúteis e têm histórias que ninguém consegue imaginar nem na sala de espera do centro de saúde, ao menos têm aquele charme japonês em que há uma maluqueira em tudo com situações no minimo bizarras para nós no oeste. O meu problema com esta falta de concentração no Godzilla neste filme da Legendary está precisamente na falta de charme na personagem principal. Aliás, falta de seja o que for.

 Aaron Taylor-Johnson, que nos deu um Kick-Ass decente (embora todo o carisma estivesse na Hit-Girl), é aqui das personagens mais chatas que eu já vi. Não tem qualquer tipo de personalidade ou emoção e mesmo que tal seja justificado pela sua vida militar, para mim, não há interesse nenhum em ter uma personagem principal assim. Não houve UMA única cena em que eu achasse que ele estivesse bem. Não estava se quer, é inexistente. Honestamente, eu preferia olhar para uma pedra. Tecnicamente não se notaria a diferença mas pelo menos eu podia-me distrair com a textura. Foram imensas cenas em que enquanto algo entusiasmante acontecia, mal ele aparecia cortava-me toda a emoção. Em defesa dele, também não ajudou ter 3 pessoas atrás de mim que não se calaram durante o filme todo. Pelos vistos nem no IMAX me safo disso, há sempre alguém a merecer um murro de cada pessoa presente na sala.


 O FEIO



Eu





O BOM

Houve muita coisa que me irritou no filme. Mas, felizmente, enquanto que o filme tem aspectos maus, não tem aspectos bons. Tem aspectos incríveis.

Primeiro, a criatura MUTO.


O típico passageiro do metro de Lisboa às 18h

 Pode parecer um monstro genérico e até certo ponto acho que é aceitável, mas não deixa de ser interessante. Mostra imediatamente que os humanos não têm chance contra ele e tal não se deve exclusivamente ao seu tamanho. Tem um design fantástico que em alturas relembra um morcego (o que é sempre um +1 da minha parte) e move-se de forma entusiasmante. Isto foi um comentário esquisito, eu sei, mas sou fã de criaturas com movimentos complexos. Como adversário do Godzilla, resulta perfeitamente. Não é um Ghidrah ou um Gigan, ou para ser mais nerd, um Destoroyah, mas é uma adição bem vinda e é entusiasmante ver, finalmente, o Godzilla a lutar com alguma coisa no grande ecrã que não seja um taxi.


 Bryan Cranston volta a brilhar e a consumir o papel. Há uma cena em particular em que é uma aula de teatro por o preço de um bilhete de cinema. Também Ken Watanabe dá-se bem, sendo uma personagem que, no fundo, é uma criança de 8 anos que só quer ver monstros à luta. Mas esconde bem, o gajo.


A música merece aplausos. Não brilha a 100% mas tem sequências que complementa perfeitamente o que se passa, com especial destaque à primeira aparição do Godzilla e ao Halo Jump que vimos no trailer.

 Falando desse Halo Jump, foi das poucas cenas que me fez perceber o que vale a pena no IMAX. Toda a resolução extra deu uma dimensão fantástica. A cena em questão difere um pouco do trailer mas tenho a dizer que é das melhores do filme. Está mágnifica em termos de ritmo, timing, visualmente e mesmo a nível de áudio, com tudo isto a criar uma ainda maior adrenalina.


 Mas vá, vamos lá falar do que interessa. A salamandra em si.


O Rei dos Cajús está de volta!


 Se leram até aqui, entendem que, para mim, o filme tem imensos problemas que quebram muito a experiência. No entanto, a atração principal é... incrível.

 A primeira aparição do Godzilla é soberba. Quando a câmara sobe e vemos todo o esplendor da criatura e esta solta o seu icónico rugido, ao som das colunas de cinema... eu juro-vos que se sente o coração disparado. A última vez que senti o coração a bater assim foi com a Lara do 6ºF. Jesus, aqueles olhos azuis... eu só desejava dividir o meu ordenado com ela e mostrar-lhe Carcavelos.

 Embora haja destruição na cidade, o filme não perde muito tempo com o Godzilla a passear pelo Martim Moniz a destruir coisas. Não, ao contrário do G.I.N.O. (Godzilla In Name Only) de 1998, este não vem à cidade para fugir. Este vem à cidade para lutar e, perdoem-me a expressão fraca, tá-se bem a cagar para os humanos. Aqui entram as homenagens à clássica franquia. O Godzilla da Toho começou por ser um vilão e ainda o voltou a ser em vários reboots da saga (mas sempre com o filme de 1954 como a origem) mas por norma era considerado um herói havendo até alguns filmes que tentam ter uma abordagem mais infantil, onde acaba por nascer o filho do Godzilla que ainda hoje ninguém entende muito bem como devemos aceitar aquilo.



Bem, ao menos não escondem que andaram a fumar
 Nós adoramos o Godzilla e o filme também. Nota-se que divertiram-se a criá-lo e há todo um respeito em torno dele, bem como o seu legado. A banda sonora é bruta, como deve ser, mas também há homenagem aos filmes japoneses com um tom mais clássico que não se espera mas que deixa um fã feliz e mostra que entenderam o conceito da criatura sem deixarem de criar a própria visão. Isso, amigos, é como um reboot deve ser feito. E se acham que o Godzilla nesta versão parece ser demasiado grande e até gordo... não temam quanto a isso, as lutas são à antiga, não há cá um Schwarzenegger em CGI a empurrar o Christian Bale de um lado para o outro sem fazer mais nada, não, aqui lutam como queremos. E na luta final são nos reservadas algumas surpresas que farão o cinema aplaudir. Ou pelo menos assim o espero, na minha sala estavamos demasiado ocupados a querer calar os imbecis atrás que narram o filme todo.

 Os meus problemas são com o guião. Por isso, vou poupar o Gareth Edwards pois mesmo tendo cenas de destruição maciça, consegue ainda fazer momentos de subtileza como não se via nos blockbusters há muito. Michael Bay devia estagiar com o Gareth Edwards durante umas temporadas. Tem cenas de acção com o mesmo calibre, por vezes ainda mais, e consegue conjugar no meio disso tudo uma poesia visual que não chega a ser pretensiosa, é justificada pelo evento de uma batalha entre colossos, sendo um deles um Deus da Terra. Nota-se que o Gareth sabe o que está a fazer e, uma vez mais, que respeita o material que adapta.




 Resumo e coiso

  Vale a pena ver no cinema? Sim. Tem o suficiente que se justifique o preço de um bilhete. Mais do que um ecrã enorme, recomendo o melhor sistema de som possível.

 Como experiência, é do melhor deste ano e será certamente memorável por muito tempo.

 Como blockbuster, tem tudo o que se quer e mais algum.

 Como filme... podia ser melhor. Mas um filme é isso, é uma experiência e é também um blockbuster, um evento que corre de boca em boca como aquela lata de coca-cola que só queríamos ter partilhado pelas raparigas mas há sempre um gajo que se mete e acabamos por dizer "podes ficar com o resto".


Agora perdi-me.


Bem, o importante é que agrada quem quer se divertir e agrada aos fãs. Na verdade, estou para encontrar um fã que se queixe do Godzilla e não do filme em si. Infelizmente, tem razões para se queixar do filme em si pois por muito que tenha cenas de cortar a respiração, tem âncoras que não o permitem chegar mais longe. Talvez melhore com uma segunda visualização pois agora sei onde estão as partes boas, deve ser mais fácil de aguentar ver a sub-plot entitulada À Procura de Carácter: A Viagem. Agora que penso sobre o filme 2 dias depois de o ter visto, eu não me lembro para que serviu a relação de família no filme. Nem tenho a certeza de haver algo que me fizesse querer saber.

 Mas em suma, vale a pena ser visto, sim. Mas tenham a noção que vão aturar cenas que sugam qualquer prazer que têm estado a ter. Ele volta, não duvidem disso, mas têm que fazer um esforço pois o filme está pilhado de cenas que no final não implicam rigorosamente nada.

No entanto, no que toca a Godzilla, vão bem servidos. Mesmo que ele não esteja no filme todo, é como uma comida gourmet: pode não encher o prato como um bom cozido à portuguesa ou uma travessa de caracóis; mas é dos melhores sabores que já sentiram e o facto de ser pouco faz com que saboreiem e abusem do paladar até ao final, deixando-vos cheios não de comida mas de satisfação.




Até verem quanto pagaram.





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Isto foi rápido! Depois do primeiro video de promoção com que começamos o dia (aqui) os internautas têm agora direito a um trailer de 5 minutos e 1 video mais curto da próxima série de super-heróis da CW: "The Flash".

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 Vai ser um bocado complicado eu falar deste filme pois vou dar a minha perspectiva de... vamos dizer adulto... bem como a minha perspectiva de criança onde sou maioritariamente cego por nostalgia.

 A adaptação americana por parte da TriStar do famoso monstro da Toho, Godzilla, uma das maiores lendas japonesas, era visto como uma aposta certa que certamente daria um tremendo sucesso. Já na altura Hollywood planeava uma trilogia antes se quer da estreia. Mas isso era antes, hoje em dia planeia-se logo 6 filmes do Homem-Aranha e depois pensa-se na história. É bom ver que se aprende com os erros.

Godzilla é largamente aceite como um dos maiores flops na história dos blockbusters americanos. Não que tenham perdido dinheiro com o filme mas dizer que foi uma decepção é ser simpático à coisa. Teve um tremendo sucesso na primeira semana e deu-se bem o suficiente pelos outros cantos do mundo. Porém, tal foi devido ao excelente marketing. Uma rara táctica em que tendo a tagline e tema de O Tamanho Importa, ironicamente levaram a campanha com um "menos é mais", dando dicas sobre o tamanho enorme da criatura mas nunca mostrando realmente quão grande era. Havia autocarros que diziam "A pata dele é tão grande como este autocarro", entre outros.

"Também pensámos em pôr nos Smarts {O Olho dele é maior do que este carro}
mas achámos que não iriamos superar a campanha da Sapo.pt"




Infelizmente, também a campanha arruinou o filme pois as cadeias de fast-food não souberam estar quietas e revelaram o monstro nos anúncios ao mostrarem os brindes decepcionantes. Na verdade havia uns que vinham com os cereais que eram porreiros, aquecia-se a imagem com as mãos e ela mudava.

 Oh, e se acham que os fãs ficaram fulos (nunca acontece) deviam ter visto os japoneses. A Toho lançou em 2004 o Godzilla: Final Wars em que o Godzilla original dá cabo do Godzilla americano em um mero minuto. Curiosamente, passou a ser oficialmente apelidado de Zilla pois os japoneses disseram que a versão americana além de ofensiva à criatura tirou também o God ao Godzilla, não passando de um lagarto.

 Mas tentando dar uma oportunidade e aceitando o filme como é, de uma ponta à outra, é o filme assim TÃO mau?



Epa, é.


Mas eu defendo que tem coisas boas.

Em primeiro lugar, e talvez o mais importante, deu a conhecer o Godzilla ao mundo. Na verdade, o mítico monstro já existia desde os anos 50. O que eu quero dizer é que embora houvesse bastante gente que conhecia fora do Japão, graças a figuras de acção e a desenhos animados como o da Hanna-Barbera, bem como o lançamento de alguns filmes para o ocidente, a verdade é que ainda era um gosto pertencente a um nicho. Com um blockbuster americano, a juntar à popularidade do Jurassic Park na mesma década (mais sobre isso à frente, ahem), o nome tornou-se cada vez mais popular. Quem não o conhecia antes, passou a vê-lo por todo lado. Quem gostou, ou não, ao explorar descobriu a existência de dezenas de filmes que possivelmente não conhecia antes, além de o comércio destes se ter alargado.

 Ainda hoje acontece este fenómeno. Mesmo com uma quantidade significativa de filmes com monstros gigantes, só hoje, graças a Pacific Rim, é que uma boa parte sabe o que significa o termo Kaiju.


To be fair, já era um termo popular nos nossos mercados.
Mesmo para quem sabia que o Godzilla existia, pouco se sabia sobre a criatura. A internet não era o que é hoje pelo que se os nossos Deuses americanos nos diziam que era assim, quem eramos nós para contrariar? Se eles estavam a adaptar algo, certamente estavam a respeitar a obra original.

Como aliás sempre foi costume.

 Então se no geral as pessoas não conheciam propriamente os mitos do Godzilla além de ser um dinossauro gigante com umas coisas nas costas, porque é que o filme fracassou em lançar uma nova trilogia, como era planeado?


 Porque a regra número 2 do cinema dita o seguinte:

" Independentemente de um filme seguir ou não à risca uma obra sobre a qual este adapta, é preciso que o filme não seja, antes de mais, uma merda."

 Vamos esquecer por momentos o facto de o Godzilla não ser o Godzilla. Qual é o pior aspecto do filme? O mesmo que muitos do género: os humanos.

 É verdade, aquilo que mais se queixam nos filmes dos Transformers, à parte de 99% de tudo o resto (que Deus te abençoe todo o corpo Peter Cullen), já foi mais que feito em filmes anteriores. E nunca, nunca, aprenderam.

Hollywood... eu percebo que queiras tornar a história mais pessoal e que seja mais fácil de me relacionar ao pores uma família americana que vence tudo graças ao poder do amor. Mas repara, quando eu vejo estes posters:












 Eu não estou a pagar 6€ ou mais para ver isto:


E sim, esta imagem ficou agora nos arquivos do CINE31.
É só para verem o tipo de qualidade que eu trago a este espaço.





 Neste caso, quando penso em Godzilla não penso nas aventuras do Inspector Gadget a dar-se bem com uma jornalista mais cabra que a Manuela Moura Guedes só porque o Mr. Burns não acredita nela enquanto que o nosso herói Bueller é ajudado do nada pelo Leon que passa pela segurança militar imitando o Elvis Presley enquanto o Moe Szyslak tenta filmar tudo. Ah, e há uma osga que coiso.

 A história é parva, as personagens têm a incrível personalidade de uma estante Billy (mas sem o carisma) e a resolução do casal romântico tem maior destaque no final do que o corpo do Godzilla. Sim, o corpo do Godzilla. Ele morre no seu primeiro filme. Com um punhado de jets. Eh, o problema não era a sua invencibilidade, só tínhamos que treinar a pontaria dos nossos pilotos.

Vêem no que dá deixar passar inaptos como este? Raios te partam Ben,
quando é que nos provas que és capaz de fazer algo bem? Em 2016?
Mas espera Bruno, ele morre? Não disseste ao início que isto era para ser uma trilogia? Sim, era. Ele morre mas acontece que ele estava grávido.




 Sim.



 É aqui que vem a parte do Jurassic Park.

"Injectem esteroides na cabeça, ninguém vai reparar nas semelhanças!"
"Então e as cenas que são uma cópia descarada sem esforço nenhum da nossa parte?"
"Bah, daqui a uns tempos o pessoal esquece que o Jurassic Park existiu!"
 No final, uma cria sobreviveu e era suposto haver um Godzilla 2: Electric Bogaloo em que o Al Pacino dava a voz ao filho ou algo assim.

 Mas e as cenas fora do casal romântico? O Zilla em si?



 Atirem-me as pedras que quiserem... mas eu adoro o design.


Eu sei, eu sei, tirando as costas nada se assemelha ao design original. Este é inspirado numa iguana (tal como a origem no filme). Desculpem-me fanáticos mas gosto dos dois estilos, mesmo considerando que a ideia tenha sido usar um design mais realista. Porque, como nós sabemos, dinossauros que cospem fogo são o pico da realidade.

 Mas além do design, a própria criatura tem problemas. O seu começo é fantástico, vai aparecendo e revelando-se aos poucos enquanto vemos a destruição que provoca até eventualmente vermos todo o corpo. Isso é brilhante. O que não é brilhante é o CGI que é do mais inconsistente que já vi, mesmo para a altura havia pormenores que já notava, em criança, serem fracos.

Óptimo

Se não vos parecer muito mau, em movimento rivaliza o Crazy Frog


 Também se nota inconsistência no seu tamanho. Isto para não falar na inconsistência usual de os heróis sobreviverem a tudo.

Spoilers: safam-se!
 A cena do taxi. Uma perseguição em que os nossos heróis fogem do bicho à velocidade dos taxistas do Colombo. A sério, experimentem apanhar um depois de uma ante-estreia. Eu entendo que eles queiram ir para casa... mas eu também gostava!

 Safam-se de tantas situações impossíveis, incluindo a cena em que estão dentro DA BOCA... sem grandes dificuldades. A cena pede tanto favor ao espectador para se manter sentado que eu e o meu vizinho amigo dissemos: "Quando for grande quero ser um taxi". Possivelmente a origem do meu sarcasmo. Ah, eramos mais felizes naquela altura. Eventualmente, além da planeada trilogia do Godzilla Hollywood lançou um spin-of desta fantástica perseguição:
Finalmente arranjei um propósito para poder comentar
o quão parvo é este poster.

A partir do momento em que começas a falar do Jimmy Fallon, sabes que é hora de resumir:

Eu considero que este Godzilla sofre do mesmo caso que os filmes Resident Evil: Tira-se o nome e o filme torna-se fantástico. Continuaria a ser fraquinho pois os humanos são tão inúteis que nos obrigam a passar à frente até à cena em que o Godzilla come peixe. Acho que é só até aí, depois já se pode tirar o DVD. Mas honestamente, eu acho que tinha potencial para ser um clássico. Eu adoro o design e a forma como se move. Apesar do CGI não ter resultado em inúmeras cenas, eu acho um monstro fantástico. Na primeira vez que se vê o filme o seu aparecimento mete respeito. O problema é que também na primeira vez que se vê o filme perde-se o respeito.  Mas acho que poucos possam negar que o suspense é muito bem conseguido ao início e tem umas quantas cenas de acção impressionantes. No entanto, sejamos honestos, o filme como um todo não resulta. Ainda assim, o facto de ser tão parvo faz com que ganhe uma descontração quanto à sua visualização, perfeito para um domingo à tarde na TVI, na altura em que os 4 (bem, 2) canais não passavam 3 em 3 segundos a pedincharem para ligarmos para o 760-Qualquer-Coisa. Se bem que não é do interesse de nenhum realizador ter o seu filme a passar na TVI.

 Acredito que seja um guilty-pleasure de muita gente. Pelo menos para mim é, mesmo vendo hoje em dia. Tem um charme "silly" à Roland Emmerich e acabou por lhe resultar a favor. Pode não vir a ser re-lançado pela Criterion mas é um pequeno pedaço de cultura-pop da altura, goste-se ou não do filme. E como disse, empurrou, pelo bem e pelo mal, o nosso monstro favorito para uma maior audiência.




 Felizmente, tal como Judge Dredd que teve o seu reboot fantástico:









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Já está online-  depois de um pequeno teaser há uns dias - um video de promoção à nova série do canal norte-americano CW, o spin-off de "Arrow": "The Flash", cujo protagonista homónimo é o homem mais rápido do Mundo. E parece que este novo herói vai trazer mais humor a este universo televisivo compartilhado dos heróis da DC Comics.
Vejam o vídeo - e não pisquem, podem não ver o Flash!

Recordem outra noticia do Flash: "CINE31 - Uniforme Completo do Flash"
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Novo trailer para "Transformers: Age Of Extinction" ["Transformers: Era da Extinção"], desta vez legendado em português. Inclui várias cenas novas, e mais detalhes para o plot.
Veja baixo, a versão para Youtube:

 

Estou a rezar a Primus para aquela nave sorvedoura ser parte do Unicron!! Please!!!
"Transformers: Era da Extinção" estreia em Portugal no próximo 26 de Junho.

[via ZON Optimus]
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Uniforme sem mamilos de borracha.

Batmobile sem neons. NERDGASM!

A prova:

Zack, está aprovado!

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Finalmente, depois de umas semanas quase á mingua, algumas novas imagens promocionais oficiais de "Transformers: Age Of Extinction", com destaque para os heróicos Autobots Optimus Prime e Bumblebee:

"NOOOOOooooooooooo!!!"

"Por aqui!"

"Não, por aqui!"


Obrigado à sócia Sofia pela dica ;)

[Empire]
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7 de Maio de 2005. O nascimento do blog CINE31. E nove anos depois, cá estamos nós. Obrigado aos fãs, leitores ocasionais e amigos do Internet e ao meu colega Bruno! E espero que para o ano cá estejamos a comemorar a primeira década de existência do melhor blog de cinema do Mundo...pronto, da minha rua.
Como fiquei sem bateria na máquina fotográfica, um retrato do bolo da festa do 9º Aniversário do CINE3:


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