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Esqueçam qualquer documentário que viram até hoje sobre crianças problemáticas, serial killers ou massacres em escolas. We Need to Talk About Kevin de Lynne Ramsay é um exemplo máximo sobre o potencial assassino que todos nós somos.




Nasce-se mau? É possível que negligência parental torne a pessoa má? Por muito que a ciência investigue e procure respostas credíveis, a verdade é que tudo isto será sempre um mistério.
Baseado num romance da americana Lionel Shriver com o mesmo nome, o filme aborda a vida de adolescente problemático - autor de um massacre numa escola (episódio fictício), mas a narrativa não se prende na vida do jovem, mas sim na da sua mãe - Eva Khatchadourian interpretada pela brilhante, irrepreensível e única Tilda Swinton. Uma mulher que vive um presente triste, só, amargurado, envolto em culpa e remorsos. Dependente de álcool e comprimidos, não consegue gerar amizades e é apontada como a mãe do assassino, ou melhor, como a má mãe do assassino. A culpada pelo acto e pela ausência de transmissão de valores correctos.





Verdade ou não, culpada ou não, facto é que esta mãe está tão presa na sua realidade como o filho - Kevin Khatchadourian está dentro das quatro paredes da prisão, consciente daquilo que fez, sem nos dar a perceber porque o fez.
Ezra Miller encarna Kevin, alguém perturbado, inexpressivo, cruel, mentiroso, inteligente, hábil e sobretudo matreiro. Ezar encarna a personagem de forma magistral. Alguém a ter muito em conta no futuro de Hollywood.
Eva Khatchadourian encarna aquela máxima de que nem todas as mulheres nasceram para ser mães, não por falta de jeito ou de tempo, mas porque simplesmente não conseguem. Este We Need to Talk About Kevin faz-nos pensar sobre este estranho mundo da maternidade, mas também nos faz reflectir sobre aquilo que gera o mal. Sobre os sinais visíveis de que algo está mal e que tantas vezes ignoramos. É um retrato cru e duro de algo que muitas vezes vimos acontecer nas noticias e nos filmes, algo que julgamos só acontecer aos outros, mas que na mais crua das verdades, pode estar dentro de nós - de forma nata.



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