por Cine31.
"O Nome da Rosa" (lançado em 1986, 16 de Outubro), realizado por Jean-Jacques Annaud (A Guerra do Fogo) é a adaptação do romance homónimo (Il nome della rosa) de Humberto Eco. Foi concebido como uma co-produção da Alemanha Ocidental (pois é crianças, o Muro de Berlim ainda estava de pé), França e Itália. E era na Itália do século XIV que decorria a acção deste filme de assassinato e mistério. A liderar o elenco Sean Connery, como o frade franciscano William de Baskerville, e um jovem Christian Slater como o seu aprendiz Adso. William de Baskerville é quase um Sherlock Holmes da Idade Média, e parte com Adso para investigar um estranho suicídio numa abadia. E à medida que os corpos se começam a acumular, surgem segredos, personagens duvidosos, uma rapariga selvagem, uma torre proibida. E tudo só se complica com a chegada do inquisitor Bernardo Gui (F. Murray Abraham). Ron Perlman encarna mais uma figura da sua galeria de monstros, um corcunda louco.
Trailer no Youtube:
No fim do livro está a seguinte frase: "Stat rosa pristina nomine, nominanuda tenemus" que significa qualquer coisa como: "a rosa antiga permanece no nome, nada temos além do nome".
O livro e o filme são aconselhados a todos aqueles que gostam de História, e que admiram sobretudo a falsa obscuridade medieval . É uma viagem aos conceitos: certo/errado, bem /mal, à religião, à crença, à filosofia e à certeza de que o conhecimento e a sua partilha, sempre estiveram presentes na História da Humanidade, mesmo que por vezes, escondida... mas mesmo assim, sempre copiada.
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É um filme que vi várias vezes na TV durante a adolescência ( e revi há uns anos) e como tal lembrava-me mais dele por causas de algumas cenas, digamos assim, mais atrevidas entre Adzo e a rapariga....
No entanto, nos visionamentos mais recentes, além do fascínio do mistério entre as paredes da abadia, e da ambientação na retrógrada Idade Média (os historiadores que descansem que não vou apelidar de Idade das Trevas), destaco a crítica à hipocrisia e autoritarismo da Igreja e dos seus representantes, e temos ainda direito a mortes bizarras, autópsias, e claro, o bom trabalho do elenco.
"O Nome da Rosa" ganhou o César de Melhor filme estrangeiro, e dois BAFTAs.
por Sofia;
O filme que celebra hoje o seu aniversário, foi baseado no livro de Umberto Eco, lançado em 1980 com o título "I'll nome della rosa".
Durante a Baixa Idade Média surgem vários mudanças na sociedade, na economia, na política e na religião. Tem inicio o fim do feudalismo, o inicio das monarquias absolutistas e a difusão do protestantismo. O Renascimento está "quase a nascer". A Europa vai regressar aos ideais clássicos, ao antropocentrismo e estes novos valores, não são compatíveis com o dogmatismo medieval vigente na Igreja.
A Idade Média está representada no obscurantismo do mosteiro beneditino, nas obras apócrifas (textos / livros, cuja autenticidade é duvidosa ou suspeita, e que não são reconhecidas pela igreja instituição - Apocryphom significa literalmente livro secreto) que estavam escondidas e cuja partilha e divulgação eram proibidas. Nos crimes, na promiscuidade, no horrendo e na falsa religiosidade.
No entanto, nos visionamentos mais recentes, além do fascínio do mistério entre as paredes da abadia, e da ambientação na retrógrada Idade Média (os historiadores que descansem que não vou apelidar de Idade das Trevas), destaco a crítica à hipocrisia e autoritarismo da Igreja e dos seus representantes, e temos ainda direito a mortes bizarras, autópsias, e claro, o bom trabalho do elenco.
"O Nome da Rosa" ganhou o César de Melhor filme estrangeiro, e dois BAFTAs.
por Sofia;
O filme que celebra hoje o seu aniversário, foi baseado no livro de Umberto Eco, lançado em 1980 com o título "I'll nome della rosa".
Durante a Baixa Idade Média surgem vários mudanças na sociedade, na economia, na política e na religião. Tem inicio o fim do feudalismo, o inicio das monarquias absolutistas e a difusão do protestantismo. O Renascimento está "quase a nascer". A Europa vai regressar aos ideais clássicos, ao antropocentrismo e estes novos valores, não são compatíveis com o dogmatismo medieval vigente na Igreja.
A Idade Média está representada no obscurantismo do mosteiro beneditino, nas obras apócrifas (textos / livros, cuja autenticidade é duvidosa ou suspeita, e que não são reconhecidas pela igreja instituição - Apocryphom significa literalmente livro secreto) que estavam escondidas e cuja partilha e divulgação eram proibidas. Nos crimes, na promiscuidade, no horrendo e na falsa religiosidade.
O Renascimento é no livro e no filme representado através do monge franciscano William de Baskerville - o sábio que partilha o conhecimento com o discípulo, e que confronta o dogmatismo intolerante vigente e institucionalizado naquele simbólico mosteiro.
No fim do livro está a seguinte frase: "Stat rosa pristina nomine, nominanuda tenemus" que significa qualquer coisa como: "a rosa antiga permanece no nome, nada temos além do nome".
O livro e o filme são aconselhados a todos aqueles que gostam de História, e que admiram sobretudo a falsa obscuridade medieval . É uma viagem aos conceitos: certo/errado, bem /mal, à religião, à crença, à filosofia e à certeza de que o conhecimento e a sua partilha, sempre estiveram presentes na História da Humanidade, mesmo que por vezes, escondida... mas mesmo assim, sempre copiada.
E assim são... Os Dias do Cinema
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