Por Cine31;
A história base de Hulk é sobejamente conhecida do grande público, mas resumindo: o brilhante e tímido cientista Bruce Banner é exposto a altas doses de radiação Gamma durante uma experiência mal sucedida. Sobrevive, mas quando é irritado e perde o controle sobre as emoções transforma-se no monstruoso golias verde conhecido como Hulk. Só o seu amor por Betty Ross consegue acalmar o poderoso monstro e trazer Bruce de volta, mas a tarefa de reverter a transformação definitivamente não é fácil, porque é Hulk é constante e brutalmente perseguido pelo exército e pelo seu pai.
Citando-me a mim próprio [aqui]:
"(...) O cineasta e autor Ang Lee imprimiu sobre a personagem Hulk a sua visão muito própria de um homem atormentado por uma maldição que carrega no sangue, fruto das suas próprias (e do seu insano progenitor) experiências ciêntificas, (...). O resultado (...) foi um filme pesado na parte dramática, com as óptimas cenas de acção a chegarem muito tarde durante a metragem. O Hulk de Ang Lee é o mais diferente filme do género de super-heróis, com excelentes actores e com uma estética e edição muito bem conseguidas, que infelizmente relegou as sequências de destruição - a marca característica do gigantesco herói da Marve - para segundo plano. Os fãs "boicotaram" e difamaram a película - muito injustamente, na minha opinião - crucificando Ang Lee, e até criticando os excelentes efeitos especiais que deram vida ao Golias Verde."
Essas frases que escrevi em 2008, aquando da estreia do remake/reboot do Incrível Hulk, continuam a ser a minha opinião. A seguir ao filme de Ang Lee, o retrato mais complexo de um super-herói só chegou ás salas de cinema em 2005 pela objectiva de Christopher Nolan com o fabuloso Batman Begins. Creio que é um bocado óbvio que Hulk-versão-Ang-Lee teria tido mais aceitação entre o público se tivesse cedido à fórmula blockbuster, como aconteceu com o remake de 2008, mais destruição e menos introspecção.
Mas Lee não foi pelo caminho mais fácil e colocou Eric Bana à frente de um grande elenco. Bana está soberbo como Bruce Banner, um cientista perseguido por fantasmas e abusos do passado e do presente. A acompanhá-lo na sua odisseia da dicotomia homem-monstro está a bela Jennifer Connely, uma Betty Ross muito mais interessante que a de Liv Tyler no seguinte filme.
A acompanhar a dupla principal temos o perverso pai de Bruce, David Banner (Nick Nolte); o odioso bully Talbot (Josh Lucas) e o General Ross (Sam Elliott) o militar com Sindroma de Ahab, obcecado em capturar o monstro Hulk e afastá-lo da filha Betty. Como já viram, muitas daddy issues por resolver! A nível técnico os efeitos especiais eram state of the art, utilizando a técnica de motion capture (o Gollum de Senhor dos Anéis, Avatar) para dar vida ao Hulk o colérico alter ego de Bruce Banner. O mairo defeito do filme é mesmo adiar demais a aparição do monstro. Uma menção para a dinâmica montagem das cenas, utilizando muito o split screen (o ecrã dividido, a mostrar várias imagens diferentes) que funciona como economia narrativa (popularizada pela série 24) e é ao mesmo tempo uma homenagem ao mundo da nona arte,a a banda desenhada. A banda sonora também é muito boa, como é hábito em se falando de trabalhos de Danny Elfman, já habituado ao universo de super-heróis, como os Batmans de Tim Burton, por exemplo.
Mas Lee não foi pelo caminho mais fácil e colocou Eric Bana à frente de um grande elenco. Bana está soberbo como Bruce Banner, um cientista perseguido por fantasmas e abusos do passado e do presente. A acompanhá-lo na sua odisseia da dicotomia homem-monstro está a bela Jennifer Connely, uma Betty Ross muito mais interessante que a de Liv Tyler no seguinte filme.
A acompanhar a dupla principal temos o perverso pai de Bruce, David Banner (Nick Nolte); o odioso bully Talbot (Josh Lucas) e o General Ross (Sam Elliott) o militar com Sindroma de Ahab, obcecado em capturar o monstro Hulk e afastá-lo da filha Betty. Como já viram, muitas daddy issues por resolver! A nível técnico os efeitos especiais eram state of the art, utilizando a técnica de motion capture (o Gollum de Senhor dos Anéis, Avatar) para dar vida ao Hulk o colérico alter ego de Bruce Banner. O mairo defeito do filme é mesmo adiar demais a aparição do monstro. Uma menção para a dinâmica montagem das cenas, utilizando muito o split screen (o ecrã dividido, a mostrar várias imagens diferentes) que funciona como economia narrativa (popularizada pela série 24) e é ao mesmo tempo uma homenagem ao mundo da nona arte,a a banda desenhada. A banda sonora também é muito boa, como é hábito em se falando de trabalhos de Danny Elfman, já habituado ao universo de super-heróis, como os Batmans de Tim Burton, por exemplo.
Uma das minhas favoritas adaptações de super-heróis!
David: concordo com tudo. É tudo verdade!
É um dos mais subvalorizados filmes de super-heróis, complexo, profundo e personalizado. Tem tanta coisa boa e que só os nerds do Hulk antigo as melhor identificam (não só o aspecto de troglodita tosco mas do tipo ele crescer ou ter vários tamanhos, por ex).
É um grande, grande, grande filme! Dos melhores no género... já o de 2008, não nutro afinidade nenhuma (apenas pela dinâmica e pela introdução do Lider lá pelo meio... mas de resto, é de esquecer.)
Nem mais!
Andava há anos com esta critica "entalada" na garganta :D
E tenho a edição especial em DVD de 3 discos! Tenho que tirar fotos para por no C31 Collector's Edition!!
Ora bem... Hulk ... Hulk ... Hulk. Olha assim de repente posso dizer-te que gosto muito do Eric Bana
O quanto concordo, Sofia. O Eric Bana construiu um irreprensivel Bruce Banner, deixando o tom perfeito do nerd/geek dos tempos que seguia o Hulk na BD. em termos de performance e também com um rosto muito semelhante. O filme consegue ainda deixar vincado a luta interna que ele combate sobre o seu poderoso alter-ego. Todo o filme é muito bom e representa uma grande reflexão sobre a personagem (algo que é raro ver acontecer - ok, o Superman Returns também o fez e obviamente que o mundo não aprecia estas abordagens)
O Edward Norton, não simpatizei e achei que nem o entendeu sequer (por isso foi convidado a sair). Vamos acreditar que o Mark Ruffalo vai fazer bem melhor. Potencial não lhe falta e é um actor de muitas subtilezas que poderão jogar a favor de Bruce Banner. Believe!
Em tempos dediquei umas quantas linhas aos dois filmes do Hulk: http://armpauloferreira.blogspot.com/2009/04/tvcine-exibe-incredible-hulk-2008.html?m=1
Arm: MATAS-ME :)
Achas mesmo que eu estava a falar das capacidades interpretativas do Eric Bana como Bruce Banner??????
Eu dava-lhe uma valente luta interna interna, dava :)
Como actor, claro, mais do que isso... nem em piores pesadelos.