Find us on Google+

Widgets

 


As sequelas tendem a ser mais fracas do que os originais, mas eu realmente não imaginava que a queda seria tão grande. Quase nenhum dos pontos fortes da "Wonder Woman" de 2017 está aqui, de alguma forma significativa. Nunca esperei uma confusão nesta escala, um filme inchado com quase nenhuma cena memorável e algumas oportunidades perdidas. Salva-se a cena inicial, um flashback com um propósito, mas que funciona por si próprio. Os actores também fizeram o que puderam com o material disponível. Creio que o filme teria funcionado muito melhor optando por um dos vilões apenas, o arco de transformar Barbara Minerva na clássica rival Cheetah estava bem encaminhado, podiam ter guardado o Max Lord para uma sequela. Outro ponto que me incomodou é que está quase ausente da fita que Diana é uma guerreira, mais que um super-herói tradicional. Quando necessário, sujou as mãos para salvar uma vida ou o Mundo. No primeiro filme cilindrou os proto-nazis da Primeira Guerra Mundial, mas neste filme só lidou com assaltantes comuns ou soldados em controlo mental. E até a luta com o vilão mais poderoso foi muito suave. Esta já não é - ou ainda não é (cronologicamente) a Amazona com gosto pela batalha de "Batman V Superman". O primeiro filme suavizou um pouco esse aspecto, mas esta continuação carregou demais no filtro infantil. Aliás, esse primeiro filme foi um bom equilíbrio entre a negritude excessiva do Zack Snyder e o PG-13 da Marvel.

E sinceramente estou espantado que na década do #MeToo só depois da estreia em streaming me surgiu na timeline um artigo em que abordam a desnecessária trama de SPOILERS Steve Trevor ser ressuscitado no corpo de outro gajo. E o facto da Mulher Maravilha ter violado - provavelmente repetidamente - o corpo desse fulano inocente. [Aposto que vários escribas estão furiosamente a teclar algumas desculpas recambolescas para tentar pintar esse facto de outra forma: "é um comentário", "uma critica" e outros argumentos esfarrapados. ] E é suposto ser a heroína, num filme que - por exemplo aborda o assédio sexual. E pensar que ainda há malta a chorar por o Super-Homem partir o pescoço a vilão no "Man Of Steel"! Filhos, o problema do filme não é esse. E falando em partir pescoços: Esta foi a segunda entrada de Pedro Pascal no universo da Mulher Maravilha, depois do piloto nunca terminado e exibido (link) agora como o vilão Max Lord. Para quem como eu acompanhou nos 80s e 90s as aventuras da Liga da Justiça Internacional na banda desenhada, foi um choque quando anos mais tarde o manager/capitalista/vendedor de banha da cobra/aprendiz de Trump mas com coração de ouro, foi revelado como um mestre do crime, e que mais à frente a Mulher Maravilha foi obrigada SPOILERS a partir o pescoço dele para salvar o Super-Homem do seu controlo mental. No filme continua a ser um vigarista megalómano, com momentos interessantes, mas no conjunto tudo falha. E mais que os elementos mágicos e cómicos, alguns momentos são ridículos: um homem do inicio do século XX nunca tinha visto um metropolitano, mas sabia pilotar um caça moderno... Uma pena, sou fã do primeiro filme da "Wonder Woman" (2017), gostava que este estivesse à altura. E aquela cena durante os créditos? Super-cringe! Umas semanas antes da chegada do filme ao streaming li sobre algum fulano com notoriedade que viu WW84 e chorou, e o camandro, emoção, e sei lá mais o quê. Tenho pena que não fixei o nome para o bloquear permanentemente.



Deixe o seu comentário:

Partilhe os seus comentários connosco!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...