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"Explorers" - "Os Exploradores" em Portugal e "Viagem ao Mundo dos Sonhos" no Brasil (porquê?) estreou nos cinemas norte-americanos a 12 de Julho de 1985.
Incrivelmente, até consegue parecer credivel que miudos tenham construido uma nave espacial com um circuito, um computador e sucata. E é isso apenas a sinopse do filme.



Quase logo de início imagens do ataque dos marcianos no clássico "War of the worlds" toca numa TV no quarto de Ben, que entretanto têm um pesadelo em que flutua no que parece uma versão com gráficos melhorados do mundo computorizado de "Tron". Assim que desperta, desenha no papel um dos circuitos que viu no pesadelo e no dia seguinte mostra o desenho ao amigo inventor Wolfgang, que consegue construir um prótotipo funcional. E personagens nerds/geeks significam que inevitavelmente vai acontecer uma dose saudável de bulling em ambiente escolar. E é assim que o trindade fica completa, quando Darren defende Ben dos agressores e se junta ao grupo. Na cave de Wolfgang o aparelho consegue criar uma pequena bolha de um campo de força electromagnético, imune á inércia e que os rapazes mais tarde conseguem aumentar de tamanho para servir de transporte. Depois de resolverem o problema do oxigénio para respirar dentro da bolha, levantam voo rumo ao espaço a bordo da nave espacial que improvizaram com sucata em redor de uma cadeira de carrossel. E na cadeira, mas de realizador, esteve Joe Dante ("Piranha", "O Micro-Herói"), o "aprendiz de Spielberg" que no ano anterior entregou ás audiências os monstros mais queriduchos de sempre: "Gremlins". Consta que Dante em várias ocasiões terá mencionado que a versão que saiu para os cinemas não é a versão que ele desejava, mas a que lhe permitiram, com cenas cortadas e sem tempo para afinar as que ficaram. Recomendo este artigo do site "Branded in the 80s" que compara o filme e a novelização de George Gipe, que caracterizou com mais detalhe e menos pressa as relações entre os três rapazes, a familia, o bullie da escola e o crush de Ben, Lori: "George Gipe | Branded in the 80s".

Boa parte do encanto do filme está no carismático trio de protagonistas Ben (o primeiro filme de Ethan Hawke) o obcecado com ficção-cientifica, Wolfgang (River Phoenix, que devem recordar como o jovem "Indiana Jones" de "Indiana Jones e a Última Cruzada") o compenetrado jovem cientista e Darren (Jason Presson).

Mas a partir do momento que entram na nave dos ETs, apesar de alguma tensão inicial, perde-se o senso de aventura, e a curiosidade dá lugar á patetice que até parece pertencer a outro filme. Realmente, no interior da nave o que se passa é inesperado... mas não funcionaram para mim as piadas com os aliens obcecados com a TV terrestre. Apesar disso, é um bom divertimento. Além dos filmes que surgem na TV do protagonista, uma das várias referências a autores e trabalhos de ficção cientifica que reconheci foi o das imagens do filme projectado no drive in: "Starkiller", que é uma referência ao nome original de Luke Skywalker na Saga Star Wars.

Em criança eu teria adorado os primeiros 2 terços do filme, sempre fui um aspirante a engenhocas, sem jeito para trabalhos manuais e com poucos recursos e materiais para usar, mas quem sabe se não teria construído um foguetão no quintal.
O finalzinho é mesmo a preparar terreno para uma sequela, mas na época de estreia a atenção dos espectadores estava fora do grande ecrã, no Live Aid, e o filme saiu rapidamente das salas. Mais tarde, vendeu melhor quando saiu em video e foi-se tornando um filme de culto.



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