Bem sei que ainda vamos em Agosto, mas de forma a provar o meu tempo, suor e lágrimas que furaram milhares de palavras dedicadas à minha paixão, eis uma lista com tudo o que já escrevi no blog neste ano 2016 pois sempre fui Homem de deixar que o meu trabalho falasse por mim:
Até Dezembro ainda falta.
Suicide Squad é mais um filme da Warner/DC que tem um enorme peso sobre os ombros. Assim como teve o Batman v Tá Ganho. E assim como teve o Man of Steel. E assim como terá a Rita Ferro Rodrigues. E a Liga dos Cavalheiros Embaraçados. Que ninguém diga que eles não sabem o que é trabalhar sobre pressão.
Existia hype para este Suicide Squad. Mas, convenhamos, nos tempos correntes quando é que não existe hype por um filme de super-heróis?
Eu disse "Filme" |
Sentei-me na sala com relativo entusiasmo e o filme começa. Tenho logo uns 'mixed feelings'. Nota-se a importância de vender o Will Smith logo ao inicio, tal como no marketing. É como tentar prender as pessoas que sairam imediatamente da sala ao descobrirem que o Les Miserables (2012) é um musical e não um filme bom. Estavam confiantes do filme, mas pelo sim pelo não vamos meter estrelas para vender isto, mesmo que a cabeça de cartaz passe o filme todo com cara de prisão de ventre. E após despacharmos o Will, vamos também atirar o Joker para o ecrã, que afinal foi para isso que viemos. Agora que já viram a peça dos piratas, podem voltar a nadar na piscina onde os miudos mijam mais do que nadam.
Por favor, que haja uma cena entre os créditos |
A história em si também é bastante estúpida. Fez-me lembrar o Jurassic World, que também partilha de um plano de controlar o incontrolável. A diferença é que no Jurassic World os Raptors até davam jeito se fossem domesticados. Aqui, a ideia de que esta gente possa ser a defesa preparada para lidar contra um Super-Homem ou Meta-Humanos, é parva. Não só é parva, como é parvinha. "The worst of the worst" diz a Oprah enquanto convence que é uma mulher com bastante influência mediática e com uma própria revista demasiado cara para aparecer no monte de revistas desactualizadas do dentista.
Por 3€ é bom que a solução do Sudoku venha na mesma edição! |
Falando então no Joker, o Jared Leto está bem, mas nada magnífico. Está a precisar de um filme com uma história onde ele tenha importância. Talvez seja por isso que passe o filme a rosnar.
El Diablo foi a surpresa para mim pois é a única personagem com algum [minimo] carácter. O Will Smith era para ser o mais complexo mas toda a gente sabe que usar crianças sem jeito para actuar não é justo. E como seria de esperar, o Will Smith faz de Will Smith. É um pouco como o Ricardo Pereira que faz sempre de si próprio. Mas o Ricardo Pereira faz tão bem de Ricardo Pereira que não queremos outra coisa.
O taxista Ricardo Pereira (Ricardo Pereira) |
Adam Beach também surpreende como Slipknot. No meio de Will Smith e Margot Robbie, traz um bom balanço de carisma ao grupo e é dos poucos membros que se destaca com as suas habilidades. A sua performance, ainda que com alguns precalços, surpreende particularmente numa cena sobre as suas origens. Só não falo em nomeação ao oscar porque vai tudo para o 10 Segundos de Liberdade, mas pelo menos um Teen Choice Awards para o ano!
O que me incomoda com o filme é eu já ter visto uma versão boa do Suicide Squad. Chama-se Batman: Assault on Arkham e embora não seja perfeito, a história faz um pouco mais sentido e a dinâmica de Batman/Joker é melhor aproveitada, aumentando a tensão durante a missão ao invés de se limitar a explicar mal as origens e fazer ponto cruz de universos. Felizmente nesse aspecto o filme até nos poupa com piscar de olhos a filmes que teremos de ver para o ano ou que já tão num "leve 2 pague 1, por favor".
O mais interessante do filme foi mesmo as histórias nos sets que levaram a crer que este seria um filme diferente do que nos foi acostumado. Tanta coisa com as peripécias do Jared Leto e o Cesar Romero intimidou-me mais.
Suicide Squad é um filme que podia ser muito mais mas ficou-se pelo seguro, tornando-se num filme genérico e previsível, com algum entertenimento a elevar um pouco o filme acima do mediano. Não é própriamente um mau filme, só não é especial como pensa ser, limitando-se a fazer o que já foi feito. No fundo, uma alegoria à minha carreira de cineasta.
Podem ir ver o filme, só não precisam de ir a correr. Aproveitem primeiro Carcavelos nestes primeiros dias que eles já querem dar aguaceiros.
Só peço que não vejam o filme em IMAX. Não por não se destacar particularmente mas porque a cabeça do Jai Courtney é gigante! Houve ali excesso de CGI de certeza, aquilo não pode ser humano!
O melhor do filme é o tema musical da Enchantress ao longo do filme e o Slipknot.
O que me incomoda com o filme é eu já ter visto uma versão boa do Suicide Squad. Chama-se Batman: Assault on Arkham e embora não seja perfeito, a história faz um pouco mais sentido e a dinâmica de Batman/Joker é melhor aproveitada, aumentando a tensão durante a missão ao invés de se limitar a explicar mal as origens e fazer ponto cruz de universos. Felizmente nesse aspecto o filme até nos poupa com piscar de olhos a filmes que teremos de ver para o ano ou que já tão num "leve 2 pague 1, por favor".
O mais interessante do filme foi mesmo as histórias nos sets que levaram a crer que este seria um filme diferente do que nos foi acostumado. Tanta coisa com as peripécias do Jared Leto e o Cesar Romero intimidou-me mais.
Tudo é inocente até alguém se magoar! |
Podem ir ver o filme, só não precisam de ir a correr. Aproveitem primeiro Carcavelos nestes primeiros dias que eles já querem dar aguaceiros.
Só peço que não vejam o filme em IMAX. Não por não se destacar particularmente mas porque a cabeça do Jai Courtney é gigante! Houve ali excesso de CGI de certeza, aquilo não pode ser humano!
O melhor do filme é o tema musical da Enchantress ao longo do filme e o Slipknot.
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