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[A primeira metade do texto foi escrita na sala de cinema, apenas lhe fiz uma revisão básica]
Na minha zona não há IMAX com ecras de dimensões bíblicas, e apesar de querer poupar os trocos do bilhete, a pressão dos camaradas bloggers e amigos do Facebook criou em mim a necessidade de ir contemplar a mais recente obra do sr. Nolan. E... Pronto, confesso que estava mortinho para ir viajar para o espaço. O hype é grande, há muitos críticos de sofá ansiosos para que lhes valide o ódio ao Nolan. Por vós enfrentei uma sessão da tarde com metade de uma turma com as hormonas aos saltos. O veredicto? Esperem, o filme vai começar, going offline.
Voltei, está no intervalo.
Surpreendentemente, os putos comportaram-se. O mais impressionante é que enquanto enchem a boca de pipocas agora debatem a relatividade de Einstein. Torci o nariz quando ouvi falar em fantasmas logo no início do filme. 
Acabou intervalo. 
Damn, the power of love.... 
OMFG o M*** D****!! 
Acabou sessão.
Mas ainda antes do final da sessão, veio-me outra vez ao cérebro "The Power Of Love", o que tendo em conta alguns factores "temporais" faz algum sentido...
Faltou o esplendor do imaginário scifi, com muito pouca imagética surpreendente Há toneladas de documentários mais ambiciosos, a maioria dos money shots já estava nos trailers! Alguns dos planos podiam ser bem mais diversificados e interessantes, sem prejuízo da abordagem tecnicamente realista. Arranjando uma analogia manhosa enquanto ando e escrevo na rua, é como anunciar um novo gadget e depois num grande evento revelar apenas um close up de uma das peças...
Resumindo, para um fã de sci-fi há muito pouco, ou nada, de novo. Como filme, alonga-se além do que o material permite, a ver-se o twist (?) a virar a esquina a quilómetros (ou anos-luz?) de distância. Dito isto, têm duas ou três sequências bem tensas e impressionantes, é uma espreitadela ao que poderia ser um blockbuster com hard sci-fi (não é o que estão a pensar..) mas que falhou em ir mais além, imiscuindo e dando lugar de destaque ao drama pessoal em detrimento da missão e da aventura. Já sabemos que o pior inimigo da Humanidade é a Humanidade, todos vemos "The Walking Dead"... Mas vão lá dar dinheiro ao Nolan e Cia, a ver se a máquina de Hollywood faz mais filmes sci-fi sem super-heróis. Quero ver um filme  do "Rendevouz Com Rama" antes de ser um velho reformado a viver num carrinho de supermercado debaixo da ponte.

P.S: - Volto ao texto, porque ainda quente do cinema a boca (ou os dedos) fugiu mais para os aspectos negativos. É de louvar a crítica ao modo como o Estado trata a ciência, ainda para mais num futuro apocaliptico; bem como a introdução de uma série de conceitos cientificos importantes à massa de espectadores que do Einstein só devem conhecer a foto dele com a língua de fora.

One Response so far.

  1. Isa says:

    Quanto mais penso no filme, menos gosto dele.. que argumento tão desconjuntado...

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