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 Estou tão ansioso para saber a opinião dos críticos do Público.

 Ora o grande mestre do cinema simplesmente conhecido por nós, comuns mortais, como Sir Michael Bay, entrega-nos mais um filme da franquia Transformers. Tal como as suas personagens, o filme é um híbrido. Mais concretamente, uma mistura de reboot com sequela. Segue os acontecimentos do terceiro filme tanto quanto baste mas anda para a frente com novas personagens humanas. Curiosamente, Michael Bay sabe disso e brinca com isso no início do filme fazendo um apontamento sobre a trampa em que se tornou Hollywood.


 Mas a pergunta é, sendo este o início de uma nova trilogia, estamos finalmente perante um filme que é, ahem, "more than meets the eye"?







 Não.

Mas quão irónico é o slogan?


As novas personagens [humanas], na sua maioria, são bem mais interessantes e divertidas. Claro que isto não é dizer muito. No entanto, são todas estúpidas.


 Todas.

Quando pensam que aquela até se safa, não, mais à frente, é estúpida.

Assim como a história, aliás. A dada altura eles parecem que tentam fazer uma história de mínimo interesse. Mas além de parva é, exactamente a mesma história dos filmes anteriores. Há um Decepticon ruim, o Decepticon ruim mata um ou outro autobot popular, dá uma tareia no Optimus Prime e no final Peter Cullen grita "DEUS EX ROLL OUT" e o Optimus arrebenta com tudo e o filme acaba abruptamente. Já repararam como os filmes anteriores seguem precisamente a mesma linha de enredo?


 Mas vamos ser honestos. É o 4º filme. Não há desculpa, por esta altura já sabemos para o que vamos... se é que vamos sequer. Vamos ver o filme para deixar o cérebro a lavar a loiça enquanto vemos explosões e robôs gigantes a lutarem no meio de explosões. E coisas a explodirem no meio de explosões.

 Para isso... o filme é óptimo (ba-dum-tss).

 Falemos mal desta franquia tanto quanto queremos, mas a verdade é que tem tudo o que se quer de um blockbuster. Cenas de acção impressionantes, algumas das quais mexem com a nossa testosterona (Dinobots pessoal, Dinobots!), o John Goodman, carros a capotarem por todos os lados, o Frasier, prédios destruídos, o Yossi Dina e explosões absolutamente extraordinárias, quer visualmente, quer a nível sonoro. Embora eu continue a achar que há cenas em que o CGI nos Transformers podia ser menos brilhante para não dar um ar tão falso, o CGI do filme é 90% soberbo. É claro que isto não chega mas se conseguem fazer o nosso queixo cair em algum momento, pelo menos aqueles minutos valeram a pena.

 Pena, também, estragarem algumas das melhores cenas ou com expressões parvas das personagens ou com publicidade completamente descarada. Após verem a quantidade de efeitos que o filme tem é aceitável que haja muita publicidade para pagar aquilo tudo. Mas acho que há um limite quando uma sequência fantástica acaba com um autocarro coberto por uma publicidade da Victoria Secret mesmo NO MEIO do plano. Além das clássicas cenas em que a personagem bebe com o rótulo virado para a câmara, os filmes Transformers têm a fantástica possibilidade de criar Transformers cheios de publicidade. Literalmente, existe um Transformer todo coberto pelo logotipo da Oreo. E não faz nada. Só aparece para explodir. Because Marketing.

 E só para dar mais um exemplo tanto de publicidade como de parvoíce: Lockdown (o vilão) diz ao Optimus que envergonha a sua espécie por se misturar no mundo dos humanos. Lockdown diz isto enquanto usa o símbolo da lamborghini no peito. Em defesa dele, fica bad-ass.

Age of Extintion assemelha-se muito ao terceiro filme Dark of the Moon na medida em que são ambos demasiado compridos por estarem cheios de cenas que podiam ser facilmente cortadas. Enquanto que as explosões são extraordinárias (pudera, o Sir Michael Bay é um perfecionista já) não demora muito até a acção se tornar cansativa para os olhos e deixarmos de querer saber do pouco que tomávamos atenção. Michael Bay é óptimo a fazer cenas de acção mas não tem jeito nenhum para abrandar e deixar a audiência respirar. Pôr cenas lamechas no meio não faz nada.

No início do filme, vão pensar que parece haver alguma diferença neste. Pode ser, quiçá, que Michael Bay tenha aprendi..eeeeee lá estão as garinas despidas e os close-ups às nadegas...yep, entrámos na sala certa pessoal, é este o filme que tá no bilhete. O que é uma pena pois fui largamente surpreendido por um bom punhado de planos fantásticos.

 Devo referir por esta altura que vi em IMAX 3D e, finalmente, valeu a pena. Há cenas em que o 3D é incrível, parece mesmo, mesmo, sair do ecrã. Arrisco-me até a dizer que algumas cenas supera o Avatar. Nem sempre é bem sucedido mas houve vezes em que dei por mim a achar que havia de facto poeira à minha frente. Mas eu vi o filme numa antestreia, fica a vosso critério se vale a pena gastar 10€ para ver o Transformers.


 Eu diria que o Michael Bay esforçou-se um pouco mais neste mas ao mesmo tempo é Michael Bay em esteróides. O nível de destruição é ridículo. Também há umas quantas referências não só à série de desenhos (LEVOU FOI 4 FILMES PARA O FAZER) como também a outros filmes. Só digo isto: imaginem John Goodman no confronto final do Aliens. Não está tão fantástico como isso soa, mas é o mais próximo que temos por agora!



 Penso que a conclusão é já mais que sabida: se gostaram dos Transformers anteriores, vão gostar deste, possívelmente adorar até. Se não gostaram ou fazem parte de um jornal que não vos deixa sorrir nem a gostar de nada, este filme não vos vai fazer mudar de ideias de maneira nenhuma.


 É mais do mesmo. Mas ligeiramente melhorzinho.

2 comentários até agora:.

  1. Caro crítico penso que deveria rever o filme novamente antes de falar e dar dados errados. Ora bem o lockdown não é decepticon e tal é bem visivel no filme. Ele vem à terra a mando do criador dos transformers para capturar o optimus prime. Quanto à sua deixa sobre a marca nele, ora os transformers na terra assumem como disfarce formas de veiculos e máquinas terrestres, ora que eu saiba e até hoje, todos os carros têm uma marca, certo??!?! É só somar 1+1=2 ;)

    Quanto a publicidade, ora todos gostam de se queixar de tal, mas na realidade somos constantemente bombardeados na realidade e em cada esquina com publicidade. Qual a diferença? Incomoda? Not really ;)

    Já para não dizer que um filme desta dimensão não se faz com 5 escudos.

    Sim o filme tem dinobots e por incrivel que pareça estão muito bem no filme ;) Caso não saiba, os dinobots são personagens miticas no mundo dos transformers.

    Venha o transformers 5 em 2016 para ver o que nos reserva o galvatron (aka megatron) e como fica resolvida a história do prime com o criador.

    Até lá vejam o age of extinction e divirtam se, afinal é para isso que o cinema serve ;) e parem se de queixar do trabalho dos outros. É graças a eles que o mundo dos transformers levou um boost e já conta com mais de 30 anos.

    Deixo apenas um comentário para o sr bay, mete mais decepticons no filme pah!

    E sim tem razão quando diz que o filme se torna longo. Umas quantas cenas bem que podiam ser cortadas. Quanto ao novo cast de actores, bem melhor que o anterior. Sim existem piadas e private jokes para os fãs como eu, mas é tudo parte da diversão. Se fosse para fazer um filme verdadeiramente sci fi então o bumblebee nem durava do primeiro filme :)

    Se vale a pena gastar 10€ para ver o filme, não pensem duas vezes e vão ver. Divirtam se e tenham um bom serão ;)

    Autobots roll out!

  2. Caro Starscream,
    Antes demais deixe-me que lhe diga que sempre fui um enorme fã seu e já em pequeno eu torcia para que ganhasse controlo sobre o Megatron.

    Quanto ao seu comentário, que desde já agradeço, eu revejo o filme com a condição de o Starscream reler o meu texto antes de dar dados errados.

    Eu nunca disse que o Lockdown era um Decepticon, eu apenas referenciei as semelhanças de enredo com os filmes anteriores. É uma maneira de dizer, como queira.

    Quanto à marca, eu sei o que é um transformer desde os anos 80, mas agradeço que me tenha explicado. Mas o que eu escrevi foi que o Lockdown tem asco de o Optimus misturar-se com os humanos quando Lockdown fez precisamente o mesmo, com propósitos diferentes.

    Até aí concordo com o Starscream, de facto, 1+1=2.

    Eu não me importo com publicidade em filmes desde que não seja intrusiva. Uma coisa é publicidade na rua onde eu me limito a passar ao lado, outra é eu pagar para tar sentado quase 3 horas a ver publicidade por todo o lado. Mas releia, como eu disse, com os efeitos todos percebo que seja preciso pagarem aquilo tudo. Mas não justifica criarem acção em torno da publicidade.

    Não percebo o que diz sobre os Dinobots. Se reler, vê que eu os referi como um dos melhores aspectos do filme, escrevendo em torno de entusiasmo.

    A partir do momento em que se paga tempo e dinheiro para ver um filme, têm-se o direito de criticar. Falar mal, ou menos bem, não é detestar cinema, pelo contrário. Eu percebo que seja dos filmes favoritos do Starscream e não vejo mal nisso mas de certo que o Starscream não gosta de todos os filmes que vê.

    Uma vez mais, se reler o meu texto vê que eu recomendo o filme para quem gostou dos anteriores.

    Agradeço uma vez mais o seu comentário e apesar de não ter lido bem o que eu escrevi, soube respeitar mesmo não concordando comigo, o que é raro encontrar na internet.

    Cumprimentos,
    Bruno Duarte

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