CINE 31

Cá está um post com muitos meses em falta: "Capitão Falcão". Desde que em 2011 pus os olhos neste projecto fiquei fascinado pela ousadia em abordar uma era tabú, ainda por cima por via da comédia; e fui conquistado pelo entusiasmo da equipa que lutava para concretizar - primeiro uma série, upgraded depois para o grande ecrã - um filme português, com acção (!) e humor (!), ainda por cima embrulhado na estética pulp e campy de séries clássicas como o Green Hornet e o Batman dos anos 60, e a cereja no topo: parodiar o Estado Novo, simbolizado por "Aquele Que Não Deve Ser Mencionado": Salazar. O que não amar nesse projecto?

O episódio piloto, e o trailer despertaram interesse, e depois de álgum tempo sem noticias, no dia 25 de Abril de 2013 (get it?) os fãs foram consolados pelas palavras do próprio Capitão Falcão:

"Cidadãos, hoje dispo a mascarilha por breves minutos para vos falar do coração. Como sabem, amo Portugal e estou a tentar fazer uma série televisiva sobre essa paixão há vários anos. Posso então vos garantir hoje, neste dia tão especial, que o Falcão voará! Não como série de TV, mas sim como um filme de 90 minutos que pretendemos rodar ainda este ano. Os contratos estão assinados e a pré-produção arrancou." 

O filme estava anúnciado, e depois de acompanhar as filmagens no Facebook do realizador João Leitão, e dos protagonistas Gonçalo Waddington e David Chan Cordeiro, os portugueses puderam hoje colocar os olhos sobre o novo trailer para o filme "Capitão Falcão":

Comunistas, feministas, ninjas subversivos e os Capitães de Abril são os inimigos do Estado Novo e do seu maior super-herói: O Capitão Falcão e o sidekick Puto-Perdiz. Brevemente nos cinemas! Quando souber o brevemente, aviso!




Mal posso esperar para poder ver o resultado final, que - se tudo correr bem - deve incluir nos créditos o meu fanart segundo classificado no "1º Concurso de Rabiscos do Capitão Falcão".

["Capitão Falcão Contra-Ataca em 2013"; "Capitão Falcão O Herói da Nação" e o meu fanart]

Entretanto foi noticia até no estrangeiro, vide o  artigo do Chicago Tribune [aqui], ou para quem não quiser ler na lingua imperialista, pode ler o mesmo texto na língua de Camões versão brasileira na Folha de S. Paulo: [aqui].