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Os créditos iniciais, com imagens de um Super-Homem de eras mais cândidas, contrastam com o conteúdo de uma das animações mais brutais - graficamente falando - da DC Comics, com abundância de mortes e sangue.
O vilão Atomic Skull ataca Metropolis para atrair o Super-Homem, que o derrota e envia para uma prisão de super-vilões. Entretanto, Bialya e Pokolistan ( dois países fictícios da DC Comics) continuam a escalar a guerra a níveis perigosos. O Super-Homem é ajudado por um poderoso e desconhecido grupo chamado "A Elite", que é liderada por Manchester Black, que tem poderes telepáticos e telecinéticos. Os outros membros são o brutamontes Coldcast, o ébrio mágico Hat e a provocadora e perigosa Menagerie. Apesar da cooperação inicial, rapidamente fica visível que os seus métodos violentos vão colidir com o forte código moral do Homem de Aço, que não aceita a tortura e execução sumária de terroristas ou vilões mascarados.

A Elite, com o seu discurso populista e demagógico, e acções radicais rapidamente ganha apoio do "grande público", que está descontente com os modos "brandos" de heróis tradicionais como o Super-Homem, que em vez de executar os vilões os entrega à justiça. O Super-Homem tem na sua frente a difícil tarefa de mostrar que ainda é relevante num Mundo que clama por heróis violentos.
O argumentista Joe Kelly adaptou a sua própria história "What's So Funny About Truth, Justice & the American Way?" (2001), e Michael Chang (Young Justice, Batman: The Brave and the Bold) realizou. A "Elite" é a versão da DC Comics do controverso e ultra-violento grupo de anti-heróis "The Authority" da Wildstorm (comprada em 1999 pela DC Comics e recentemente integrada no normal universo da DC) que fazem justiça com as próprias mãos. 
Os designs de alguns dos personagens podiam ser um pouco menos cartoonescos, mas a animação está razoável, a banda sonora um pouco mais rockeira que o habitual. No conjunto, um dos melhores filmes do universo animado da DC Comics, com bons diálogos e confrontos de ideias, além de boas cenas de acção, mais agressivas que o costume.

Sou suspeito, porque o Super é um dos meus heróis favoritos de sempre, mas os leitores e espectadores mais cínicos desdenham o Super-Homem como se ele fosse apenas o criado do imperialismo norte-americano, o "escuteiro azul", e preferem estes anti-heróis mais modernos e violentos com que fomos inundados a partir dos anos 90 (e mesmo antes) e que executam por dá cá aquela palha. Também podem ser personagens interessantes, com histórias relevantes (como as de "The Autorithy", que tem muitos bons arcos), mas o que sempre admirei na figura do Super-Homem, nas suas diferentes versões, é que apesar de ser forte, ele não é um bully. Ajuda os inocentes mas não lhes retira o livre arbítrio. Tenta mudar o Mundo por exemplo e não pela força. É um caminho mais difícil, perigoso e utópico, mas o herói está disposto a colocar a sua vida - e apenas a sua - em risco para garantir isso. E é isso, que este filme, sem ser melodramático, consegue representar bem. 

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