Atenção: não confundir com este post de 2010.
Enquanto vagueava pela feed de noticias, em busca de novidades cinematográficas sumarentas, eis que me deparo com um video, sobre a "polémica" entre dois críticos de cinema, que entraram em conflito. Não vou mencionar nomes, mas, supostamente tudo começou quando o crítico X, mais "conceituado/académico" definiu o trabalho do outro crítico Y como um "câncer [cancro] na crítica cinematográfica" criticando-o também por gostar de Twilight. A contenda continuou no Twitter e depois numa video-conferência, um duelo entre o critico que escreve influenciado pela emoção contra o critico puramente técnico. Quem ganhou? Não faço ideia porque não vi o video até ao fim. E duvide que alguém tenha saído vencedor de uma discussão desse género.
No entanto, a situação deixou-me a pensar: "Mas afinal, porque raio escrevo num site de cinema?".
Pelo dinheiro e pela fama não deve ser, já ando nisto há algum tempo e só ganhei cabelos brancos (e uns sócios e leitores porreiros).
Para demonstrar a minha espectacular inteligência e impressionar pelo meu enciclopédico conhecimento cinematográfico, também não é. A minha memória e cérebro já viveram dias bem melhores, obrigado. Não estudei cinema, mas leio a minha dose de livros teóricos e mais pragmáticos, colecciono revistas de cinema há anos, e - quando há tempo para isso - vejo filmes. Se eu quisesse, as minhas criticas podiam ser mais técnicas, com palavreado mais elaborado - talvez, até obrigando o leitor à consulta do dicionário - e desnecessariamente recheadas de verdades absolutas, e provavelmente, chatos e pedantes para c******. Ora, optei por seguir um estilo diferente, mais directo, tentando contextualizar e analisar o mais importante de cada filme. Não me interessa escrever longas teses, "catecismos" ou simples sinopses, porque isso já há quem faça, e nalguns casos, de forma exemplar.
E pensarão alguns leitores: "mas tu só vês filmes de merda!"*. Bem, eu vejo os filmes que me interessam. Se não vi o filme X ou Y, que são "clássicos obrigatórios", é porque esse filme X ou Y, não levantou uma palha para puxar o meu interesse. Se já vi filmes sem saber ao que ia? Algumas vezes , sim senhor, tive algumas surpresas, uma boas outras nem por isso. É a vida.
A minha paixão pelo cinema surgiu na adolescência, e este blog é uma forma de continuar a alimentá-la, tratando a 7ª arte como a vejo e vivo. É bom debater ideias, trocar conhecimentos, mas sem confrontos inúteis, sem fanatismos (momento "diplomático" do dia). Esforço-me por manter um distanciamento salutar, porque, no cinema, como noutras artes ou ramos de actividades, já estou farto de ler texto de autores que se deslumbraram e perderam a perspectiva e objectividade, transformando-se em caricaturas patéticas, que repetem mecânicamente termos técnicos ou pré-conceitos (e preconceitos) retirados de compêndios. É isso que tento evitar, enquanto escrevo honestamente para transmitir ao leitor a minha impressão de determinado filme ou série. Sem mais pretensões além de uma debate saudável ou umas boas gargalhadas!
Provavelmente o texto podia ser mais curto, mas se já leu até aqui, caro leitor, obrigado!
Provavelmente o texto podia ser mais curto, mas se já leu até aqui, caro leitor, obrigado!
NOTA: Para quem se riu do título do post, pode verificar pela ilustração no topo que um dos Cavaleiros do Apocalipse se encontra efectivamente de cuecas.
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by cine31
Infelizmente o mundo está cheio de extremistas que não aceitam uma opinião diferente de ninguém. Não há gostos certos ou errados, há é pessoas inseguras que optam por seguir uma tendência popular como essa coisa chamada "Lady Athamay" que nem português sabe escrever quanto mais respeitar diferentes pontos de vista.
Acho que todo o tipo de cinema tem o seu contributo. E um cinéfilo deve ver o que lhe dá prazer, seja um blockbuster, ou um clássico ou simplesmente um filme de culto....Eu gosto de tudo um pouco, mas é claro que crucifixo sempre alguns filmes porque para haver cinema "bom" também é necessário haver cinema "bom", ou seja, com mais qualidade no que se refere ao seu conjunto de elementos que o compõe - argumento, actores, personagens, fotografia, realização, soundtrack...etc....Mas obviamente que por ser uma arte, o cinema, é tão relativo em alguns aspectos como é a pintura ou a música e deve ser devidamente, dentro do seu contexto e intuito, ser avaliado.
Para mim um filme não é bom por ser de culto, por ser um clássico ou um blockbuster. Um filme para mim é bom se conseguir fazer chegar ao público a história que pretendia contar com eficácia.
cumprimentos,
cinemaschallenge.com
é por esse relativismo e contextualização que tento - sempre que possível - garantir, protestando quando vejo exemplos quem tenta impor os seus gostos como a "única resposta correcta". E também acho essencial a diversidade de estilos e géneros, como dizes: "todo o tipo de cinema tem o seu contributo" :)
Obrigado pela visita :D
Amén, brother!