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Sinopse: Um numeroso grupo de amigos reúne-se para a festa de despedida de Rob, prestes a embarcar para o Japão onde vai ocupar o cargo de vice-presidente de uma grande empresa. O responsável por filmar depoimentos com uma câmara de vídeo, leva muito a sério a tarefa de documentar tudo o que se passa, desde desejos de boa sorte na nova vida no Japão até alguns momentos mais íntimos. E de repente o prédio treme. E é ai que começa a corrida vertiginosa para escapar de um monstro que parece indestrutível, uma corrida pela sobrevivência. E o espectador vai com eles. Até ao fim.


Opinião: Ao contrário de muitos filmes de monstros gigantes e invasões afins, o espectador sabe tanto como os protagonistas do vídeo. Não existe nenhum especialista em fauna exótica, nenhum cientista excêntrico ou louco entre os sobreviventes. Apenas pessoas comuns, um pequeno grupo de jovens urbanos – cada vez menos numeroso conforme o desenrolar dos eventos – que deseja apenas salvar o próprio coiro e o dos amigos, se possível. O “cineasta” de serviço na festa é Hud (T.J. Miller), e por ser pelos olhos dele que vemos o filme, a sua face é a que menos aparece. O estilo “câmara ao ombro” – potenciado pelos efeitos sonoros e o ecrã gigante da sala de cinema – conseguiu emergir-me nessa experiência. E se foi esse o objectivo dos que trabalharam no filme, creio que o conseguiram, mesmo com um orçamento ridículo (30 milhões de dólares, já com a publicidade incluida) comparado com outros filmes do género.
Talvez um dos momentos menos credíveis seja precisamente quando o grupo principal de protagonistas já estava praticamente a salvo, nas mãos dos militares, e decidem voltar directamente para a zona de perigo, para resgatar dos escombros Beth (Odette Yustman), o amor da vida de Rob (Michael Stahl-David).
Num dos momentos chocantes da fita descobre-se que o monstro gigante do tamanho de um prédio (não consegui contabilizar os membros do dito cujo, que tem uma forma de locomoção bizarra. Ou então a imagem tremia muito…) não é a única ameaça (esses monstrinhos fizeram mais alguém recordar “Starship Troopers”?). Pode não ser o filme mais original do mundo, mas é um entretenimento muito válido, que tem a sua maior singularidade na abordagem, e no modo como foi filmado, trazendo a acção para o nível do espectador, num tema já muito explorado tanto no cinema nipónico (Godzilla) ou norte-americano (Godzilla, sim aquele com o Matthew Broderick, um filme que é o oposto de Cloverfield), um reflexo dos medos de invasões e do desconhecido.

Positivo: Efeitos especiais. O ambiente realista dos acontecimentos. Não haver explicações desnecessárias. Os militares não eram Rambos nem G.I. Joes. A campanha de marketing viral na Internet.

Negativo: Alguns momentos muito confusos desnecessários. Ou não. O close-up do monstro quase no final era totalmente desnecessário. Alguns personagens desinteressantes.

Veredicto: Uma experiência extraordinária. Creio que será o mais perto, pelo menos durante uns anos, que um filme nos pode levar a sentir na pele de habitante de uma cidade atacada por um monstro gigante da família do Godzilla.

2 comentários até agora:.

  1. Anónimo says:

    "Cloverfield"... Achei o nome invulgar e deixei-me levar pelo mistério que andou á volta deste filme...
    Devo dizer que concordo com a tua opinião em quase tudo... isto porque eu não vi o filme até ao fim!! Aconteceu que me senti muito mal disposta quase na altura do intervalo... E tenho quase a certeza que foi por causa da camâra andar de um lado para o outro... eu até gostei da idéia mas infelizmente o meu organismo não aceita ver coisas do género.. LOL!!
    Mas do que vi gostei muito!! Espéro que quando ver em casa não me aconteça o mesmo!!
    Já agora acho que depois do fim de semana vou-te mandar uma pequena critica sobre o novo filme do Johnny Depp "Sweeney Todd"...
    Bjs fica bem!!

  2. Anónimo says:

    Olá, obrigado pelo comentário. Como podes ver na noticia abaixo, não foste a única! Fica bem!

    ""Cloverfield, novo filme de JJ Abrams (Missão Impossível: 3, Lost), está causando enjôos nos norte-americanos que vão ver o filme nos cinemas.

    Isso se deve ao fato de tudo ser filmado simulando câmeras amadoras nas mãos dos personagens, ou seja, tremendo e virando subitamente. Alguns espectadores vomitaram nas lixeiras próximas às salas.

    Algumas redes de cinema já estão alertando seus clientes quanto ao risco de enjôos e mal-estar.""

    in "http://jovemnerd.ig.com.br/news/cinema/cloverfield-esta-causando-enjoo-nos-cinemas.php"

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