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A maior força é paradoxalmente a maior fraqueza, ou pelo menos o factor responsável pela quebra de ritmo de um grande filme que podia ser extraordinário, isto é, o próprio esforço da produção para escapar aos estereótipos presentes na maioria das adaptações de BDs minou o equilíbrio de uma película que pedia mais acção. A solução teria passado por não incluir tantas linhas narrativas paralelas, optar por apenas um vilão: Homem-Areia ou Venom. Ao incluir as histórias dos dois vilões não conseguiram desenvolver satisfatoriamente as histórias desses homens, cujos destinos se acabam por unir na conclusão da película, onde estão presentes ainda Harry – o novo Duende Verde – e Mary Jane Watson.

Encontramos um Peter Parker/Homem-Aranha mais confiante e um pouco deslumbrado pela fama e reconhecimento que alcançou em Nova Iorque. Depois da simbiose com a gosma alienígena (que convenientemente, caiu do espaço a alguns metros de Peter e Mary Jane) os seus poderes aumentam, assim como os traços mais negativos da sua personalidade, nomeadamente a agressividade. E pois, em Hollywood, quando alguém fica “mau” passa a vestir-se sempre de negro.

O Homem-Areia – Flint Marko, um ladrão que se descobre ser o real assassino do tio Ben – protagoniza o momento mais emocionante do filme, quando se esforça para materializar com areia o corpo desintegrado instantes antes numa experiência científica.

Quanto ao Venom, temos um monstro menos musculoso que na versão da BD, que é mais interessante em forma humana – antes da união ao alienígena rejeitado por Peter – o inescrúpuloso repórter fotográfico Eddie Brock, rival de Peter no jornal Daily Bugle (dirigido pelo tempestuoso e divertido J.J.Jameson).

Em relação a Harry Osborn (filho de Norman Osborn, o Duende Verde original) foi conseguida uma boa resolução para esta personagem, a clássica história de redenção. Confronta novamente Peter em busca da vingança pela morte do pai, mas no final ajuda na batalha contra os vilões que (surpresa!) raptaram Mary Jane. A bela Gwen Stacy foi uma adição interessante ao elenco, mas um pouco subaproveitada.

Mary Jane, a eterna amada de Peter, atravessa uma fase de frustração profissional ao mesmo tempo que se sente carente de atenção, procurando conforto junto de Harry.

O carismático actor Bruce Campbell (a estrela de Army of Darkness), a exemplo das entregas anteriores da saga do aracnídeo, protagonizou um cameo divertidíssimo, o melhor dos três filmes, no papel de um maítre de um restaurante chique.

O pior: A aparição especial de Stan Lee. O Homem-Aranha a aterrar em frente de uma ENORME bandeira dos E.U.A. Demasiados momentos de humor. Nem vou referir todas as coincidências, porque é de esperar isso mesmo que histórias baseadas em BDs.

O melhor: As cenas de acção. A aparição de monsieur Bruce Campbell. A bela Gwen Stacy.

O veredicto: um bom filme, com demasiadas personagens e situações explicadas, que relegou a acção para segundo plano.

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