É difícil comparar dois titãs do mundo dos super-heróis tão diferentes como Superman: The Movie (1978) e Superman (2025) . O clássico com Christopher Reeve era como um conto de fadas épico e operático - atualizando um herói dos anos 30 para o público do final dos anos 70, uma década marcada por tragédias reais e guerras. Hoje, o género dos super-heróis evoluiu drasticamente, mas, com os anos 2020 a serem assolados por perseguições, genocídios e crises sociais, o público anseia por uma nova dose de esperança, alegria e bondade - sem paternalismos. Este novo Superman oferece exatamente isso, combinando aventura, humor e personagens carismáticas com ação vibrante de banda desenhada, uma banda sonora grandiosa (expandindo a  obra-prima de John Williams) e um afastamento muito desejado da escuridão sombria e inspirada em Nolan que dominou o género.

  Que obra-prima épica, merecedora de figurar no panteão do cinema. Décadas depois das séries a preto e branco, das aventuras na rádio, nos jornais e em revistas, do programa de TV e dos desenhos animados, o maior super-herói da banda desenhada regressou ao grande ecrã, desta vez em cores e fotografia deslumbrantes, uma banda sonora lendária do mestre John Williams, um elenco de grandes atores e personagens a escorrer carisma, cenários espetaculares, enfim, um impressionante renascimento do género super-herói, para miúdos e graúdos.  Se eu tivesse o poder do Super-Homem, certamente voltaria atrás no tempo até 1978 e assistiria à estreia do filme que fez as pessoas acreditarem que um homem podia voar. A concretização deste projecto teve uma demorada concepção e drama nos bastidores, mas o resultado deslumbrou plateias ao redor do Mundo. E nos dias de hoje, em mais uma enésima revisão, não hesito em colocá-lo no meu Top cinematográfico. Sem o êxito deste Super-Homem não teríamos...