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É óbvio que Bruce Wayne ou Batman (para os amigos) não morre.

Desabafo pré texto
Talvez pior do que famílias a trocarem impressões durante a sessão de cinema e pior que a ruminação de pipocas e o chupar das palhinhas de coca colas são famílias a trocarem impressões durante o filme, a comerem pipocas e a chuparem coca cola. 

Desabafo pré texto (parte 2):
Não domino a BD. Não sei, nem posso comparar o filme com a parte gráfica e histórias originais que serviram para a adaptação da história ao cinema. Mas bolas... Sei que Batman é uma personagem da DC COMICS (tome lá Sr. do Ipsilon). 

Agora o suposto texto
O Batman sempre foi o herói com que mais simpatizei. Basicamente porque veste preto e porque tem razões humanas para ser um herói. Não foi mordido por aranhas, não foi sujeito a radiação e não tem aquela propaganda tipicamente americana por detrás da sua missão. 
Lá em cima confessei o meu desconhecimento sobre as origens literárias do super morcego, mas devo a Nolan o facto de me ter feito não uma entendida, mas uma fã.



Acho que pegar numa personagem mítica e refazer a história depois de tanto já ter sido feito, foi ousadia.  Mas conseguir atingir sucesso entre aqueles que nada conhecem sobre o universo DC e alcançar o respeito entre os fãs é de valor.
Este pack de filmes (e sobretudo este último filme) foram rodeados de esquizofrenias extremas no que a spoilers, teasers, trailers, etc, diz respeito. Começou por ter alguma piada, mas depressa alcançou a fasquia "não aguento mais levar com o morcego".
O realizador ao longo desta (suposta) triologia rodeou-se de elencos poderosos - se bem que já está provado cientificamente que isso não é sinónimo de sucesso. Christian Bale é - para mim - o melhor Batman de sempre. Pouco expressivo, obscuro, físico e com uma pronúncia "sopinha de massa" que associada às vestes pretas e aos carros supersónicos provoca desaires hormonais nas mulheres, inveja aos homens e faz com que os morcegos abandonem em histerismo colectivo as grutas em plena luz do dia (histeria do tipo fãs em concerto dos Beatles) 

Como tenho noção que não posso criticar aquilo que não conheço, e para não fazer figuras tristes, vou só dizer aquilo que achei de forma muito superficial. The Dark Knight Rises não é o melhor dos três filmes. Tem um bom vilão - Bane (Tom Hardy), se bem que ficou a faltar algo na personagem - a história foi enrolada de forma pouco clara e até mesmo confusa, sobretudo no que à Miranda (Marion Cotillard) diz respeito. Anne Hathaway deu uma Selina demasiadamente fofa e Joseph Gordon-Levitt, como sempre - não desilude. Achei Gary Oldman estranho neste filme, mas nem sei bem porquê.




A história por detrás do filme fez-me lembrar a Utopia de Thomas More. Um livro escrito no século XVI  que divaga sobre a existência de uma cidade ou mundo ideal. Neste local imaginário a sociedade era regida pela partilha comum de bens, pela igualidade, ausente de conflitos, bens superfulos e violência. Talvez fosse isto que Bane procurava. Seguir os valores utópicos de Ra's Al Ghul - cansado de injustiças, procura a criação de sociedades pequenas, a paz e a justiça, mas infelizmente (ou não) tem que ser gerida por um líder. 
A prova de que qualquer regime político é passível de falhas e dificilmente é perfeito. Porquê? Porque depende de homens. E porque a arrogância de defender uma teoria em que um lider pode conduzir a humanidade é a prova cabal da falência na busca do ideal e sobretudo de todos os regimes políticos. 
Bane até podia ter boas intenções se não tivesse nos seus planos aniquiliar atomicamente uma cidade para que a sobrevivencia do resto fosse garantida e e este "resto" fossem submetidos à subserviencia de um único ser. "Alerta Ditadura" activado. 


Não consigo escrever mais sobre o filme. Porque não o sei fazer. Como já mencionei, não sei como é que estas coisas aconteceram na "novelas gráficas" e porque tenho que deixar espaço para o David escrever e quiçá esclarecer aquilo que não consigo. Mas posso adiantar que «gostei muito e aconselho a ver, vejam The Dark Knight Rises» (ansiava pelo momento em que pudesse usar esta quote terrivelmente inspirada). E facto é que pouco mais me resta este ano, a não ser  esperar por Daniel Craig com fatos Tom Ford. 

Perceberam onde estava o spoiler no texto não perceberam?... Sim o Bruce é o morcego. Upssssss!!!!!!!!!!!



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2 comentários até agora:.

  1. Suspeitava que fosses gostar de toda a medida drástica sobre Gotham. Eu gostei porque há muita gente que até certo ponto deseja que aquilo aconteça, toda a procura e julgamento sobre os corruptos. Até certo ponto claro. Ou em principio.

  2. Esta última incursão de Nolan no universo Batman (até ver) foi, e digo-o com alguma desilusão, um autêntico falhanço, desde o argumento básico e recheado de lugares comuns, até às cenas ultra recorrentes e nada ambiciosas. O que é mesmo uma surpresa, meia-surpresa vá, dado que o TDK e A ORIGEM detinham sobretudo qualidade na ambição em algumas sequências e no argumento sólido e pouco comum. Enfim, a tarefa não era fácil, reconheço, mas não me convenceu. Apesar de tudo, não o comparo a outros deste mesmo ano (OS VINGADORES, CAPITÃO AMÉRICA), estando uns furos acima, ainda assim.

    Resta-me esperar pelo próximo filme do Nolan, e sobretudo de um argumento mais original, coisa que o senhor sabe bem fazer, e já o demonstrou.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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